Saldo da balança comercial goiana sobe mais de 80% em março

O saldo da balança comercial goiana referente ao mês de março de 2024 é de US$ 538 milhões, 81% maior do que o registrado em fevereiro, de US$ 297 milhões. Os dados constam em relatório da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais e foram divulgados, nesta quarta-feira (10/4), pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).

O resultado é reflexo de US$ 1 bilhão exportado e US$ 515 milhões importados. “O crescimento que acompanhamos é consequência de um trabalho sério, que incentiva o comércio exterior e as parcerias internacionais. Na Tecnoshow, em Rio Verde, por exemplo, contamos com a participação de cinco embaixadas a fim de estreitar as relações e negócios entre Goiás e outros países”, observa o governador Ronaldo Caiado.

Entre os produtos exportados no último mês, os destaques foram para o complexo soja, que representou quase 63% do total vendido por Goiás para fora do Brasil; e carnes, com participação de 14,4%. Os principais municípios exportadores foram, na ordem, Rio Verde, Jataí, Montividiu, Itumbiara e Alto Horizonte. Já as cidades que mais consumiram produtos de fora do país, no mesmo período, foram Anápolis, Catalão, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Senador Canedo.

Acumulado

Entre janeiro e março de 2024, o saldo acumulado da balança comercial goiana foi de US$ 1 bilhão, resultado de US$ 2,4 bilhões em exportações, e US$ 1,3 bilhão em importação. Em relação aos países que receberam os produtos goianos, nesse período, sobressaem-se China, Estados Unidos, Indonésia, Países Baixos e Vietnã. “Estamos sempre comprometidos a auxiliar os empresários que desejam expandir seus negócios para mais mercados, e firmar acordos com outros países que facilitem as negociações bilaterais”, destaca o titular da SIC, Joel de Sant’ Anna Braga Filho.

Brasil

Em março, a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 7,4 bilhões, apresentando valores de exportação de US$ 27,9 bilhões e de importação de US$ 20,4 bilhões. No ranking dos estados que mais exportaram no mês passado, Goiás está na oitava posição. Já em relação ao consumo de produtos estrangeiros, a colocação do estado é a décima primeira.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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