Entre todos os pré-candidatos anunciados à Prefeitura de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade) é o que, sem dúvida, tem o fardo mais pesado para carregar neste período que antecede a campanha eleitoral. Seus adversários já criticam sua administração na tentativa de figurarem, no cenário político, como “competentes” e “aptos” a corrigirem, a partir de 2025, os eventuais erros desta gestão.
Além disso, se somarmos seu baixo desempenho nas pesquisas e os expressivos índices de rejeição junto ao eleitorado goianiense com o fato de seu antigo partido, o Republicanos, ter lhe negado legenda para concorrer novamente ao Paço Municipal, entenderemos melhor o esforço do prefeito para provar à população da capital que a sua busca pela reeleição é pra valer, e que ele tocará este projeto até o fim.
A apresentação que Rogério fez, pelas redes sociais, de um marqueteiro que estará ao seu lado daqui em diante contribuiu com este propósito. As entrevistas em que ele já fala abertamente sobre diálogos com outros partidos, a fim de tê-los em sua futura coligação, também.
E o que dizer do grande mutirão realizado neste final de semana na região Oeste, com mais de 20 serviços gratuitos, onde o prefeito estava visivelmente à vontade, com uma disposição ímpar, percorrendo os estandes, falando com o maior número de pessoas possível e, inclusive, entregando obras?
Na prática, ao dar publicidade às suas ações administrativas – como o mutirão que o permitiu circular no meio do povo – e às suas articulações políticas, o prefeito quer ter a chance de ser visto – será que ainda há tempo hábil pra isso? – como um candidato que tem corrido atrás e feito a sua parte para tentar ter um certo protagonismo no quadro sucessório da capital. Algo que lhe seria muito natural se sua gestão contasse com bons índices – igual ou superior a 50%, por exemplo – de aprovação junto à população.