Daniel Vilela entrega 30 casas em Alto Paraíso de Goiás

Daniel Vilela e as moradias entregues em Alto Paraíso: “Tudo que foi feito aqui utilizou material de primeira qualidade” (Fotos: Hegon Corrêa e Lucas Diener)

Representando o governador Ronaldo Caiado, o vice-governador Daniel Vilela entregou, nesta quinta-feira, 18, 30 casas a custo zero do programa Pra Ter Onde Morar – Construção em Alto Paraíso de Goiás. As moradias foram construídas pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), com investimento de mais de R$ 3,5 milhões. As famílias beneficiadas foram definidas via sorteio entre aquelas que preencheram os requisitos do programa.

“É um momento muito especial para a cidade, mas mais especial ainda na vida dessas 30 famílias que hoje já terão a oportunidade de dormir na casa própria”, afirmou Vilela na cerimônia de entrega das chaves. Ele destacou o padrão de excelência das moradias. “O governador Ronaldo Caiado não aceita que as casas utilizem material de baixa qualidade. Tudo tem que ser da melhor qualidade. Tudo que foi feito aqui utilizou material de primeira qualidade”, ressaltou.

Mãe de três filhos, a dona de casa Jéssica Lorena Machado Neves desembolsava R$ 1,5 mil por mês com moradia. Além de contemplada com uma das casas, ela foi sorteada para receber a unidade mobiliada. “Sempre pagamos aluguel, que é apertado. Chegamos a passar necessidade algumas vezes. Quem loca não quer saber, quer receber no final do mês”, desabafou. “Mas, graças a Deus, agora a gente pode dar uma vida digna para os filhos. Sair do aluguel é bom demais”, comemorou ela, ao lado do marido e dos filhos.

Com as 30 casas entregues nesta quinta-feira em Alto Paraíso, o número de moradias a custo zero distribuídas pelo programa Pra Ter Onde Morar – Construção soma 1.228. A meta é chegar a quase 6 mil habitações entregues em 130 municípios de todas as regiões do estado. “Caiado estabeleceu como uma das suas premissas chegar no interior do estado, nos pequenos municípios, onde os empreendimentos naturalmente não vão em razão da pouca escala na construção”, lembrou o vice-governador Daniel Vilela.

Critérios

O programa Pra Ter Onde Morar – Construção beneficia famílias cuja renda bruta não ultrapassa um salário mínimo e que não possuem imóvel próprio. Outro requisito é o tempo que a pessoa mora no município: pelo menos 3 ou 5 anos. Não posso deixar de ressaltar o andamento desse processo; a lisura, a transparência e a honestidade na seleção das famílias”, citou o prefeito de Alto Paraíso, Marcus Adilson Rinco.

Além das casas a custo zero, Alto Paraíso tem também em andamento a construção de 96 unidades habitacionais no Residencial Alto Paraíso 1, cujas famílias beneficiárias estão recebendo subsídio estadual na modalidade Pra Ter Onde Morar – Crédito Parceria. Os recursos são usados para aporte no financiamento imobiliário das famílias. “Esperamos que, em breve, estejamos aqui iniciando as obras de mais casas, para atender mais famílias”, finalizou Daniel Vilela.

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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