Adolescente morre após ser agredido por colegas dentro de escola, em São Paulo

Adolescente morre após agressão por colegas dentro de escola em São Paulo

Um adolescente de 13 anos morreu uma semana após ter sido agredido por dois colegas na escola em que estudava, em Praia Grande, litoral de São Paulo, na última terça-feira, 16. Conforme relatado pelo pai, a vítima estava com dores intensas depois que os meninos pularam sobre as costas dele.

Carlos Gomes frequentava o 6° Ano na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, situada no bairro Vila Mirim. Segundo o registro policial, a agressão teria ocorrido dentro das instalações da escola. Os dois alunos, que estavam na mesma turma que Carlos, teriam realizado o ato de violência.

O garoto foi levado pelo pai ao Pronto Socorro Central da cidade, onde recebeu atendimento médico e foi liberado na semana passada. No entanto, conforme relatado, as dores persistiram. O pai então o conduziu à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde Carlos foi internado.

Na última terça-feira, 16, o adolescente foi transferido para o Hospital Santa Casa de Santos. Infelizmente, Carlos não resistiu e veio a óbito dentro da unidade de saúde, conforme informado no boletim.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota afirmando que a Polícia Civil está investigando o falecimento do adolescente e que foi solicitada uma necropsia. O caso foi registrado como morte suspeita.

Em outra nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc) expressou profundo pesar pelo falecimento do estudante. Além disso, informou que a Diretoria de Ensino de São Vicente iniciou uma investigação preliminar interna do caso e está colaborando com as autoridades nas investigações.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp