Força das articulações de Daniel Vilela em Catalão, Goianésia, Rio Verde e Aparecida

Vice-governador Daniel Vilela revelou-se um exímio articulador político durante definição de pré-candidaturas governistas. Foto: André Costa

A resolução de conflitos em quatro cidades goianas, onde havia mais de um pré-candidato da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (UB), é demonstração inequívoca do potencial de articulação do vice-governador Daniel Vilela que, a despeito de ocupar a presidência regional do MDB, agiu de forma a beneficiar também legendas aliadas, como o União Brasil. São municípios eleitoralmente importantes para Daniel, que trabalha para eleger agora os prefeitos que irão lhe apoiar em 2026.

Aliás, quem esteve ao seu lado em reuniões que tinham as pré-candidaturas governistas como pauta, afirma que em momentos em que a tensão escalava patamares mais elevados, Daniel lembrava o modus operandis do pai, Maguito: paciente, com “jogo de cintura”, buscando acalmar os ânimos e, principalmente, “ciscar para dentro” – para usarmos aqui um jargão da política.

Vejam: em Catalão, Daniel trouxe de volta ao MDB antigos aliados, como o prefeito Adib Elias, líder histórico do partido que foi expulso após as eleições de 2018. Agora o MDB disputará o Executivo local com o ex-prefeito Velomar Rios, que lidera as pesquisas.

Em Goianésia, Pedro Gonçalves (MDB) estava decidido a concorrer à prefeitura. Mas abdicou do projeto diante de novas missões – que miram 2026 – que Daniel lhe confiou, e o deputado Renato de Castro (UB), que já administrou a cidade, tornou-se o único representante governista no pleito.

Em Rio Verde, o partido dividia-se em uma ala ligada à deputada Marussa Boldrin e em outra próxima ao deputado estadual Lucas do Vale (MDB) e ao pai dele, o prefeito Paulo do Vale (UB). Muita conversa depois, um novo diretório foi formado na cidade, com integrantes dos dois grupos, que agora marcham unidos em torno da pré-candidatura do médico Wellington Carrijo (MDB), apoiado por Paulo.

Em Aparecida, diante da possibilidade de pré-candidatura a prefeito do ex-deputado Leandro Vilela (MDB), o atual gestor, Vilmar Mariano (UB), ameaçou rompimento. Recuou e agora esforçar-se para crescer nas pesquisas. Tudo devidamente respaldado por Daniel.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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