A resolução de conflitos em quatro cidades goianas, onde havia mais de um pré-candidato da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (UB), é demonstração inequívoca do potencial de articulação do vice-governador Daniel Vilela que, a despeito de ocupar a presidência regional do MDB, agiu de forma a beneficiar também legendas aliadas, como o União Brasil. São municípios eleitoralmente importantes para Daniel, que trabalha para eleger agora os prefeitos que irão lhe apoiar em 2026.
Aliás, quem esteve ao seu lado em reuniões que tinham as pré-candidaturas governistas como pauta, afirma que em momentos em que a tensão escalava patamares mais elevados, Daniel lembrava o modus operandis do pai, Maguito: paciente, com “jogo de cintura”, buscando acalmar os ânimos e, principalmente, “ciscar para dentro” – para usarmos aqui um jargão da política.
Vejam: em Catalão, Daniel trouxe de volta ao MDB antigos aliados, como o prefeito Adib Elias, líder histórico do partido que foi expulso após as eleições de 2018. Agora o MDB disputará o Executivo local com o ex-prefeito Velomar Rios, que lidera as pesquisas.
Em Goianésia, Pedro Gonçalves (MDB) estava decidido a concorrer à prefeitura. Mas abdicou do projeto diante de novas missões – que miram 2026 – que Daniel lhe confiou, e o deputado Renato de Castro (UB), que já administrou a cidade, tornou-se o único representante governista no pleito.
Em Rio Verde, o partido dividia-se em uma ala ligada à deputada Marussa Boldrin e em outra próxima ao deputado estadual Lucas do Vale (MDB) e ao pai dele, o prefeito Paulo do Vale (UB). Muita conversa depois, um novo diretório foi formado na cidade, com integrantes dos dois grupos, que agora marcham unidos em torno da pré-candidatura do médico Wellington Carrijo (MDB), apoiado por Paulo.
Em Aparecida, diante da possibilidade de pré-candidatura a prefeito do ex-deputado Leandro Vilela (MDB), o atual gestor, Vilmar Mariano (UB), ameaçou rompimento. Recuou e agora esforçar-se para crescer nas pesquisas. Tudo devidamente respaldado por Daniel.