Conheça a ‘Porta do Inferno’, cratera em chamas do Turcomenistão

No vasto deserto do Turcomenistão, país localizado na Ásia Central, um fenômeno impressionante desafia as leis da natureza. Conhecida como a “Porta do Inferno”, uma cratera em chamas, com visão surreal e intrigante, atrai a curiosidade de aventureiros e cientistas de todo o mundo.

Localizada na província de Dsoguz, a cratera tem cerca de 70 metros de largura e 20 metros de profundidade. O que a torna verdadeiramente única, no entanto, não é apenas seu tamanho, mas sim o fato de estar continuamente envolta em chamas. As chamas brilhantes emergem do solo, lançando uma luz fantasmagórica sobre a paisagem desértica ao redor.

A temperatura dentro da cratera varia de 400°C a 1000°C, dificultando o acesso e as operações. Diversas propostas foram feitas para apagar o fogo, desde lançar bombas até tapar os dutos de gás, mas nenhuma solução definitiva foi encontrada.

Erro humano

A origem da Porta do Inferno remonta aos anos 1970, quando um grupo de trabalhadores soviéticos realizava explorações de gás e petróleo na região. Durante uma série de perfurações, o solo cedeu, formando a cratera e liberando grandes quantidades de gás metano.

Na esperança de eliminar o gás tóxico, os trabalhadores decidiram incendiar a área. No entanto, o fogo não se extinguiu como esperado. Desde então, as chamas ardem ininterruptamente, transformando o local em uma visão que parece saída de um conto sobrenatural.

Preocupação

Em 2022, o presidente do Turcomenistão fechou o acesso à cratera por preocupações ambientais e econômicas. O escape contínuo de gás metano representa uma ameaça às reservas naturais do país e à saúde das comunidades vizinhas.

Exploradores corajosos, como o canadense George Kourounis, desceu na cratera em 2023, com uma expedição da National Geographic, capturando imagens impressionantes do interior. Equipados com proteção especial, esses aventureiros procuram descobrir os segredos da Porta do Inferno, incluindo a possibilidade de vida microbiana resistente ao calor extremo.

Apesar dos esforços para extinguir as chamas, incluindo propostas de tapar os dutos de gás, o fogo da Porta do Inferno continua a queimar. O desafio persiste, enquanto cientistas e autoridades do Turcomenistão trabalham incansavelmente para encontrar uma solução definitiva para este fenômeno fascinante.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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