O clima de paz e amor que o governador Ronaldo Caiado e o presidente do PL em Goiás, senador Wilder Morais, viviam desde meados do ano passado ruiu nas últimas semanas. Fontes palacianas contaram ao Poder, que Caiado deixou claro a Wilder que seu projeto para as eleições de 2026 é a reeleição do vice-governador e presidente do MDB estadual, Daniel Vilela.
Caiado e Wilder ensaiaram uma aproximação já para as eleições municipais nas principais cidades goianas, mas com a escolha de Sandro Mabel pelo governador para ser o candidato da base governista, o PL se sentiu preterido. Isso teria motivado Wilder a não convidar o governador para o evento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.
A definição por Mabel também teria deixado o pré-candidato do PL em Goiânia, deputado federal Gustavo Gayer, chateado. Gayer tinha esperança de ser o candidato do governador ou, pelo menos, contar com a neutralidade do chefe do Executivo. Mas Caiado já fala há muito tempo que, pelas pesquisas, o perfil de quem vencerá a eleição é “empresário com experiência em gestão”.
Outros pontos de conflito foram Anápolis e Rio Verde, onde o PL tem pré-candidatos e teria colocado na mesa como contrapartida para uma eventual aliança. O problema é que em Anápolis Caiado apoio a pré-candidata do prefeito Roberto Naves, que vem a ser também o presidente do Republicanos em Goiás. E em Rio Verde o pré-candidato foi ungido pelo prefeito Paulo do Vale, aliado de primeira hora de Caiado e que vive em lua de mel com o eleitorado ruralista do município.