PM do DF é preso por agredir a esposa com arma após não encontrar chaves

Um policial militar do Distrito Federal (DF) foi preso no último domingo, 28, suspeito de ameaçar e agredir a esposa com uma arma de fogo após não encontrar a chave do portão de casa. As agressões ocorreram em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, e, segundo a Polícia Militar de Goiás (PMGO), o homem chegou a apontar a arma para a cabeça da sogra e da cunhada.

A prisão foi efetuada no Bairro Jardim Ipanema. Segundo a corporação, o militar voltou de um local onde estava bebendo com um cunhado, entrou em casa, mas não encontrou as chaves do portão para sair. Na residência estavam os filhos do casal, a sogra e os cunhados.

Não encontrado a chave, o homem pegou a arma e atirou pelo menos quatro vezes até o portão. Ele foi até a esposa perguntando onde estavam as chaves e, ao receber a responda de que ela não sabia onde estava, ele partiu para cima da mulher e começou a dar coronhadas na cabeça dela com a arma. Depois, o militar a levou para o quarto e deu dois tiros na direção dela, mas nenhum a acertou.

Em seguida, o homem passou a procurar a sogra e a encontrou no banheiro dos fundos da casa. A mãe da vítima relatou que o genro apontou a arma para a cabeça dela e fez o mesmo com outra nora, que também estava no local.

O militar acabou encontrando as chaves do portão no próprio bolso e, momentos depois, fugiu de casa em um carro. A PM foi acionada por vizinhos, que ouviram os pedidos de socorros da esposa do militar.

A corporação encontrou o policial após buscas no setor, no carro onde havia fugido sem a arma. Quando chegaram a residência, eles encontraram a arma no gramado e a esposa em choque, com lesões no rosto e na cabeça.

O militar foi preso e encaminhado para a Central de Flagrantes de Luziânia. Ele poderá responder pelos crimes de ameaça, agressão e tentativa de homicídio.

Até o momento, a Polícia Militar do DF não se pronunciou sobre o acontecimento. O crime é investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento À Mulher (Deam) de Valparaíso de Goiás.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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