A morte de Ayrton Senna completa 30 anos nesta quarta-feira, 1. O trágico acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, Itália, ocorreu na manhã de 1º de maio de 1994, um domingo, mas a confirmação da notícia veio horas depois. Às 13h05 (de Brasília), os principais meios de comunicação do país informaram a perda do tricampeão da Fórmula 1.
Itamar Franco, presidente do Brasil à época, decretou luto de três dias ainda no domingo. Líderes de várias nações, como Itália, Argentina, Portugal, França, Japão e Estados Unidos, enviaram mensagens de condolências.
O funeral ocorreu em 4 de maio. O corpo de Senna foi repatriado ao Brasil em um voo da extinta companhia aérea Varig. As honras fúnebres foram semelhantes às de chefes de Estado: carreata, velório público e salva de tiros antes do enterro.
Aproximadamente dois mil jornalistas foram credenciados para cobrir o velório na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), na capital paulista.
Cerca de dois milhões de pessoas participaram das solenidades, incluindo o cortejo do Aeroporto de Guarulhos até a ALESP, o velório e o cortejo final até o Cemitério do Morumbi. O velório durou cerca de 20 horas e atraiu quase 200 mil pessoas.
As imagens mostravam enormes filas de fãs que buscavam um último momento com o ídolo. No entanto, muitos terminaram sem conseguir prestar uma última homenagem ao piloto.
O último adeus foi marcado por cenas emocionantes durante o translado do caixão. Pilotos como Gerhard Berger (companheiro nos tempos de McLaren), Emerson Fittipaldi (bicampeão da Fórmula 1), Damon Hill (companheiro de Senna na Williams em 1994), Alain Prost (grande rival de Senna) e Rubens Barrichello (promessa do automobilismo) estiveram entre os que carregaram o caixão do tricampeão nacional.
Quem foi Senna
Ayrton Senna da Silva, nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, iniciou sua carreira no kart em 1973. Ele competiu em monopostos de fórmula a partir de 1981, passando pela Fórmula Ford e pelo Campeonato Britânico de Fórmula 3, entre outros.
O piloto estreou na Fórmula 1 em 1984, passando por equipes como Toleman-Hart, Lotus, McLaren e Williams. Em sua carreira, disputou 162 GPs, conquistando três títulos, 41 vitórias, 80 pódios e 65 pole positions. Sua primeira vitória foi no GP de Portugal, em 1985, pela Lotus, e sua última foi na Austrália, em 1993, pela McLaren, equipe com a qual conquistou seus três títulos. Até os dias atuais, seu túmulo no Cemitério do Morumbi continua recebendo homenagens de fãs e admiradores.