Ao menos 90 pessoas morreram em razão aos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pela Defesa Civil no boletim divulgado nesta terça-feira, 7, que informou ainda que há outros quatro óbitos são investigados. O estado registra, até o momento, 132 desaparecidos e 361 feridos.
Dos 497 munícipios gaúchos, 388 relataram problemas relacionado ao temporal, com 1,3 milhão de pessoas afetadas. São 203,8 mil pessoas fora de casa, sendo 48,1 mil em abrigos e 155,7 mil desalojados.
A previsão para esta semana é mais de chuva em regiões já castigadas pelos temporais, o que deixa o estado novamente em alerta. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), recomendou nesta segunda-feira, 6, que moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus deixem a região, após a água começar a subir nos locais.
Um dos refúgios de moradores que perderam suas casas, a Arena do Grêmio afirmou que não tem mais estrutura para abrigar desabrigados. A administração afirmou que o gramado está alagado e que o local está sem luz e água e, por isso, foi realizado o translado de mais de 300 pessoas que estavam abrigadas no local.
Munícipios como Estrela, Canoas e São Leopoldo receberam estruturas de Hospitais de Campanha do governo federal. Os locais foram construídos para auxiliar pessoas feridas e desabrigadas.
A CEEE Equatorial informou que 451 mil pontos estão sem luz em todo o Estado. Já em relação a água, são 649 mil clientes sem abastecimento em todo o RS e estações de Porto Alegre seguem sem previsão para o retorno das operações.
Situação de emergência
O governo federal reconheceu o estado de calamidade decretado pelo governo de Rio Grande do Sul. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.