Mulher processa polícia após ficar algemada com o rosto em formigueiro

Taylor Rogers, uma residente do Texas (EUA) está movendo um processo contra o departamento de polícia do estado após ser algemada com o rosto em um formigueiro e acabar com centenas de picadas no rosto e por todo o corpo.

Segundo a emissora KHOU 11, de Houston, a americana alega que policiais do Departamento de Polícia de Santa Fé a jogaram na grama e a algemaram com o rosto em uma colônia de formigas-de-fogo em decorrência de uma infração de trânsito ocorrida em 2021.

O advogado de Taylor, Randall Kallinen, deu uma entrevista coletiva no último sábado, 11, e falou sobre o fato: “Taylor Rogers foi parada pela polícia de Santa Fé sem motivo, jogada no chão sobre formigas-de-fogo e mantida lá enquanto gritava”.

 Um vídeo da câmera corporal da polícia mostra um policial segurando Taylor na grama depois que ela supostamente fugiu dos agentes, após cometer uma infração de trânsito no estacionamento de uma escola. “Isso está complicando a minha circulação e há formigas no meu rosto!”, disse a americana antes de começar a gritar de dor, enquanto era picada inúmeras vezes.

“As formigas estão subindo na minha cara, por favor!”, ela gritou. “Como vocês podem fazer isso? As formigas estão na minha cara! Por favor, me solte!”, acrescentou ela.

 Taylor alega que não conseguiu afastar os insetos porque estava algemada e afirma que os policiais não ajudaram a remover as formigas.

O chefe da polícia de Santa Fé, Ruben Espinoza, disse que Taylor foi tratada com “respeito e dignidade”. Ele justificou a ação dos policiais dizendo que a mulher abordada estava “irada”. Um dos dois agentes citados no processo alega que não há sinal claro da presença de formigas de acordo com as imagens feitas pelas câmeras nos uniformes dos policiais.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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