O empresário Sandro Mabel (UB), pré-candidato a prefeito de Goiânia com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB), vai adotar estratégia semelhante a que Maguito Vilela utilizou ao longo dos seus dois mandatos (2009-2016) como prefeito de Aparecida: investir maciçamente na elaboração de projetos e apresentá-los em Brasília (DF) para captar recursos federais em todas as instâncias possíveis e imagináveis da capital federal.
Conforme apurado pela Poder, Mabel, em reuniões reservadas ou em compromissos públicos, tem batido na tecla de que a Prefeitura de Goiânia fechará o ano com déficit de pelo menos R$ 400 milhões. O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) contesta o valor. Mas o empresário insiste. Alega que chegou a este número após diagnóstico feito por especialistas com acesso aos dados da gestão municipal.
Pois bem. Segundo aquela versão de Mabel, além de ter que sanar este rombo nas contas públicas, será preciso também arrumar recursos para investir na cidade. E é aí que se encaixa o modelo executado por Maguito em Aparecida. Se o ex-prefeito revolucionou e transformou uma das maiores cidades do estado de Goiás, vultosos recursos que foram liberados pelo governo federal fizeram a diferença – Maguito reconheceu isso publicamente inúmeras vezes. Aparecida chegou a ser considerada, no meio político, como um “case de sucesso” no que diz respeito à articulação de verbas da União.
Mabel, agora, promete fazer o mesmo. Tem dito, inclusive, que vai lançar mão da vantagem de conhecer Brasília e seus bastidores como ninguém. E é verdade. E nem é só pelo fato de ter acumulado quatro mandatos de deputado federal. Mas por saber como a “máquina”, digamos, funciona. Neste contexto vale lembrar a influência dele durante o governo de Michel Temer (31/08/16 – 1º/01/19), quando teve voz ativa até na escolha de ministros. Mabel, na época, era assessor especial do presidente e despachava diretamente do Palácio do Planalto.