Um estudo divulgado na terça-feira, 14, na revista científica Annals of Internal Medicine, sugere que a deficiência de testosterona pode estar associada a um maior risco de morte precoce, ocorrendo antes dos 70 anos de idade. A medicina tem investigado os possíveis efeitos desse hormônio no funcionamento do corpo masculino.
Coordenado por uma equipe da Universidade da Austrália Ocidental, o estudo consolidou os resultados de 11 pesquisas. A equipe comparou o impacto dos níveis de testosterona na expectativa de vida de homens de diversas faixas etárias, predominantemente idosos, que foram monitorados por pelo menos cinco anos.
Os pesquisadores examinaram óbitos decorrentes de várias causas, destacando especialmente um aumento nos falecimentos por doenças cardíacas entre os participantes com níveis reduzidos de testosterona. Este hormônio, principal hormônio sexual masculino, é secretado nos testículos e desempenha um papel fundamental na regulação de diversos processos corporais, desde o crescimento de pelos até o aumento da massa muscular.
O estudo não pôde determinar se os baixos níveis de testosterona nos participantes eram uma causa ou consequência das doenças que resultaram em suas mortes, uma vez que várias condições de saúde, como a obesidade, representam fatores de risco para problemas cardíacos e podem influenciar na redução da produção do hormônio.