Caiado entrega premiação a escolas vencedoras do Prêmio Leia 2024

Ressaltando o compromisso com a educação pública de qualidade, o governador Ronaldo Caiado entregou, na tarde desta quinta-feira (16/05), premiação a 150 escolas públicas municipais que obtiveram os melhores resultados em alfabetização, em 2023, no Sistema de Avaliação do Estado de Goiás (Saego-Alfa). A entrega simbólica dos cheques do Prêmio Leia foi realizada no Centro de Convenções, em Anápolis. Ao todo, foram distribuídos R$ 18 milhões aos colégios premiados.

“As pessoas não conseguem imaginar essa revolução que está sendo feita em Goiás, que é fazer com que toda criança, no 2º ano do ensino fundamental, saiba ler, escrever e interpretar texto; coisa que antes não existia. Estamos cumprindo à risca o projeto, que é o de educar, de ler na idade certa”, destacou Caiado. Estabelecido pelo Programa AlfaMais Goiás, o Prêmio Leia tem por objetivo reconhecer as unidades escolares que, em parceria com o Estado, apresentaram o melhor desempenho nos índices de alfabetização dos estudantes.

“Goiás assumiu esse compromisso pela alfabetização e hoje já temos registradas 300 mil crianças alfabetizadas, é um marco histórico”, frisou a secretária de educação, Fátima Gavioli. A seleção dos estabelecimentos de ensino é baseada no ranking do Saego-Alfa, que compila informações sobre os níveis de proficiência dos alunos do ensino fundamental da rede pública dos municípios. São premiadas as escolas com os maiores índices de proficiência em Língua Portuguesa entre os estudantes matriculados nos 1º e 2º anos do ensino fundamental.

“Juntos, nós estamos construindo um futuro melhor para o nosso estado, qualificando e dando oportunidades para as crianças e jovens que futuramente terão a responsabilidade de liderar e serão a nossa camada produtiva”, salientou o vice-governador, Daniel Vilela. As 150 escolas vencedoras recebem um cheque no valor de R$ 80 mil, como forma de reconhecimento pelo empenho. Outras 150 escolas, que apresentaram índices que podem ser melhorados, recebem o valor unitário de R$ 40 mil, a fim de estimular o desenvolvimento da alfabetização na idade correta e levar educação de qualidade às crianças.

Programa AlfaMais Goiás

Criado em 2021 pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Programa AlfaMais Goiás tem o intuito de alfabetizar os estudantes goianos na idade certa, tendo como pilar fundamental o fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e municípios. Para isso, é necessário o engajamento e colaboração entre governos estadual e municipais com as unidades de ensino, em busca de um planejamento das ações pedagógicas que visam assegurar o processo de aprendizagem dos alunos dos 1º e 2º anos do ensino fundamental e garantir a alfabetização de 100% das crianças goianas.

“A grade curricular e o método didático, de aprendizado, é construído de forma conjunta entre prefeitura e Estado”, resumiu o governador Ronaldo Caiado. Entre as ações do programa, estão a entrega de kits escolares e livros literários, além da realização de cursos de formação para professores. O AlfaMais Goiás está presente em 1.633 escolas de todos os 246 municípios goianos. Ao todo, 206 mil estudantes e 28 mil professores são beneficiados.

“Goiás dá o exemplo de que o regime de colaboração é viável e que a gente pode sim pensar em políticas a serem implementadas de forma segura e competente pelos gestores públicos. A gente precisa do engajamento de todos”, ressaltou a Coordenadora de Alfabetização, da Coordenação-Geral de Alfabetização, do Ministério da Educação (MEC), Mônica Silva.

“Esse programa representa muito para nossa prática profissional. A missão de alfabetizar vai muito além de ensinar letras e sons de palavras. Alfabetizar tem o propósito de capacitar as pessoas a ver, compreender, interpretar e se expressar por meio da escrita”, disse a professora Maria Delvani de Alencar Andrade, da Escola Municipal Milca Martins Falchi do município de Mundo Novo, instituição de ensino que conquistou o primeiro lugar no Prêmio Leia.

Serviço

Primeiras colocadas no ranking

1º – Escola Municipal Milca Martins Falchi (Mundo Novo)
2º – Escola Municipal Francisco Xavier Vieira (Anicuns)
3º – Escola Municipal Laura Barbosa Coelho (Alexânia)
4º – Escola Municipal Manoel Ribeiro Rosa (Guapó)
5º – Escola Municipal Dr. Euclides Wicar de Castro Parente Pessoa (Formosa)
6º – Escola Municipal Maria Leandro da Costa (Jaraguá)
7º – Escola Municipal Antônio Francisco Maciel (Cabeceiras)
8º – Escola Municipal Antônio Mendes (Diorama)
9º – Escola Municipal de Tempo Integral Santa Lúcia (Anicuns)
10º – Escola Municipal Juscelino Kubitschek (Minaçu)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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