Judson Lourenço: MDB de Santa Helena busca união contra família Rodrigues

Legenda: Ex-prefeito de Santa Helena de Goiás e presidente do MDB daquela cidade, Judson Lourenço

Os protagonistas das eleições de 2024 em Santa Helena, na região Sudoeste de Goiás, serão o MDB, presidido no município pelo ex-prefeito Judson Lourenço; e o pré-candidato a ser apadrinhado pelo prefeito João Alberto Rodrigues (PRD), que está em segundo mandato. Procurado pela coluna, o atual gestor disse que o martelo ainda não foi batido, mas que a “tendência” é que o vice-prefeito Agenor Bezerra de Queiroz (PRD) seja o escolhido.

Entre os emedebistas, há dois nomes no páreo: o primeiro é o do dentista e produtor rural Iris Parreira, que em 2020 disputou a prefeitura e perdeu para João Alberto (56,36% dos votos válidos contra 43,64%). O segundo é o de Rones Ferreira, vereador campeão de votos naquele ano (1.533) e que dois anos depois, disputando vaga na Assembleia Legislativa, obteve 12.917 votos somente em Santa Helena.

A definição por um deles pode começar a se desenhar através de pesquisas quantitativas e qualitativas que serão feitas no início de junho, conforme orientação dada aos emedebistas santa-helenenses pelo vice-governador Daniel Vilela, presidente do MDB em Goiás. “A partir daí vamos avaliar melhor os cenários, inclusive discutir a possibilidade de uma chapa pura”, revela Judson Lourenço à Poder, que também cogita aliança com o União Brasil e prevê o apoio de mais quatro ou cinco partidos ao futuro pré-candidato emedebista.

O dirigente local do MDB ainda destaca que o mais importante é o partido marchar unido para tentar reduzir drasticamente a influência da família do ex-governador Alcides Rodrigues (PRD) na política de Santa Helena. Além dele e do filho – em segundo mandato -, a mulher, a ex-deputada estadual Raquel Rodrigues, também já foi prefeita da cidade.

“O fato de ele não ter conseguido se reeleger deputado federal em 2022 e de ter perdido mais de três mil votos dentro de Santa Helena – se compararmos os números com os das eleições de 2018 – já é um indicativo de que a população quer mudança”, arrisca Lourenço, em tom otimista.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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