Após missa da Padroeira de Goiânia, Caiado manda recados aos adversários

Governador Ronaldo Caiado disparou duros recados aos adversários após participar da missa em homenagem a Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira da capital. Na foto ele cumprimenta o ex-arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.

O governador Ronaldo Caiado (UB) fez, nesta sexta-feira, 24/5, críticas contundentes aos adversários políticos, com foco naqueles que o antecederam no Governo de Goiás, em especial ao PSDB e ao ex-governador Marconi Perillo -embora não tenha citado nem a legenda e nem o tucano nominalmente. As declarações, claro, passam pelas eleições de 2026, quando o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o próprio Marconi deverão disputar o Palácio das Esmeraldas.

Caiado voltou a falar em “rombo nas contas públicas herdado da gestão anterior” e afirmou que “se não há equilíbrio fiscal, você não tem salários [para o funcionalismo], programas sociais, saúde, educação e segurança”. “O Estado não pode ser perdulário e nem personalista”, acrescentou.

“Me entregaram o governo em calamidade total, em colapso financeiro, e com uma crise econômica gravíssima. Naquela época, o cidadão queria ganhar a eleição com gestos oportunistas e populistas, sem pensar na população de Goiás”, emendou o governador.

Em um papo com jornalistas que durou cerca de 15 minutos, Caiado chegou a detalhar sua versão sobre o “modus operandis” do governo anterior ao seu para conseguir pagar os salários dos servidores públicos. Segundo ele, era necessário pedir apoio de “grupos econômicos” para amealhar o montante necessário para aqueles pagamentos.

“Até a Celg saquearam. A Saneago eu consegui salvar. A verdade é que quando você está neste cargo [de governador], você tem que ter responsabilidade. Este cargo não é para balcão de negócios”, encerrou.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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