Número de mortes em desastre climático no RS sobe para 171

O número de mortos em decorrência das fortes chuvas, enchentes e enxurradas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril aumentou para 171, de acordo com balanço divulgado neste sábado ,1, pela Defesa Civil gaúcha.

De acordo com os dados, o número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Outras 618 mil pessoas seguem desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários, mais de um mês desde o início do mau tempo. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados, em 475 municípios.

As fortes chuvas que atingiram o estado começaram em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d´água depois desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.

O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água em seguida continuou em direção à Lagoa dos Patos, provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

A infraestrutura em todo o estado também ficou fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha foram alagados e pararam de operar.

Neste sábado ,1, o nível do Guaíba ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês e pessoas em bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornam para casa pela primeira vez, encontrando muito lixo e lama.

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Nhandeara (SP) chora a perda de João Adolpho, jovem piloto apaixonado por aviões

A comunidade de Nhandeara (SP) se despediu de João Adolpho Pontes Santana Branco, um jovem piloto apaixonado por aviões, que faleceu em um acidente de avião na cidade de Quirinópolis (GO). O corpo do piloto de 28 anos foi sepultado na quinta-feira (21) em sua cidade natal, onde ele nasceu e cresceu, deixando familiares e amigos desolados com a perda.

João Adolpho trabalhava há cerca de seis meses como piloto de uma empresa de aviação agrícola no sudeste goiano. Infelizmente, o acidente que resultou em sua morte aconteceu quando a aeronave que ele pilotava atingiu um cabo de para-raios e caiu em uma lavoura de cana-de-açúcar. Apesar do impacto causar um incêndio no avião, ele não explodiu e caiu a cerca de um quilômetro da pista de pouso.

Seus amigos e familiares, como João Pedro Arruá, um amigo de infância, descrevem João Adolpho como um apaixonado por aviões desde criança. Ele costumava jogar jogos de simulação de voos e demonstrava grande interesse e domínio sobre a aviação. Durante o enterro, o clima de tristeza era evidente, com parentes inconformados e desolados com a morte precoce do jovem piloto.

Antes de atuar em Goiás, João também havia trabalhado em Lagoa da Confusão, no Tocantins, e atualmente morava em Quirinópolis com sua namorada. Sem filhos, ele dedicava-se não só à sua profissão, mas também à sua família e amigos, sendo descrito como uma pessoa tranquila e querida por todos ao seu redor.

As autoridades policiais já deram início às investigações para identificar as causas do acidente e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está envolvido no caso. A empresa para a qual João trabalhava, Aerotek Aviação Agrícola, lamentou a morte do piloto e está prestando assistência à família, comprometendo-se a colaborar com as investigações.

Mesmo com o acidente, a fornecedora de energia elétrica assegura que não houve interrupção do serviço na região da queda da aeronave. A comunidade local se une para prestar solidariedade à família de João Adolpho e para lembrar o legado de um jovem talentoso e apaixonado pela aviação, que partiu cedo demais.

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