Vídeo: SpaceX lança com sucesso megafoguete Starship em voo de teste histórico

O megafoguete Starship da SpaceX decola do Starbase em Boca Chica, Texas, marcando um marco significativo em sua jornada de testes

A SpaceX lançou com sucesso, na quinta-feira, seu megafoguete Starship em um vôo de teste sem tripulação para a órbita da Terra e de volta à superfície, com vários marcos importantes pela primeira vez. O foguete de quase 400 pés é o propulsor mais poderoso já desenvolvido e a SpaceX pretende tornar o sistema totalmente reutilizável.

Imagens de câmeras ao vivo a bordo da Starship mostraram destroços e danos ao veículo antes de ele cair no Oceano Índico, mas a SpaceX anunciou o voo de teste como um sucesso. “Parabéns equipe @SpaceX por uma conquista épica”, disse Elon Musk, fundador e CEO da empresa, no X.

Veja o vídeo do lançamento:

A nave estelar decolou às 8h50 ET do local de lançamento Starbase da SpaceX em Boca Chica, Texas. Este foi o quarto voo de teste da espaçonave e a primeira vez que ela sobreviveu à jornada completa, desde a decolagem até a queda. No entanto, ainda não está claro quanto do veículo resistiu à reentrada pela atmosfera da Terra.

A nave está sendo projetada para realizar missões à Lua e, eventualmente, a Marte. Espera-se que a Starship desempenhe um papel importante no programa de regresso à Lua da NASA: a agência selecionou-a para transportar astronautas à superfície lunar na sua missão Artemis III, que poderá ser lançada em 2026.

Êxito

Ainda assim, o voo de teste alcançou vários marcos cruciais. A SpaceX mostrou que tanto a espaçonave Starship quanto o primeiro estágio do foguete, conhecido como Super Heavy, podem sobreviver à viagem de volta pela atmosfera da Terra e fazer um mergulho “suave” e controlado.

Menos de 10 minutos após a decolagem, o Super Heavy executou um pouso bem-sucedido pela primeira vez e caiu no Golfo do México. Depois de navegar em órbita por cerca de 40 minutos, a espaçonave Starship fez sua reentrada e completou um pouso pela primeira vez.

O voo da Starship ocorreu durante uma semana movimentada de lançamentos: na quarta-feira, a cápsula Starliner da Boeing foi lançada em seu primeiro voo de teste tripulado para a Estação Espacial Internacional.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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