Goiânia tem redução de 62% ocorrências de violência contra a mulher em 2017, diz governo

Números do  governo de Goiás apontam que, em Goiânia, foi registrada uma redução de 62,04% nos números de ocorrências de violência contra a mulher se comparados os dois primeiros meses deste ano com o acumulado de janeiro e fevereiro de 2016. De acordo com dados divulgados pelo estado, em 2016, foram 743 casos registrados, enquanto neste ano, 282 casos.

Segundo o governo, a diminuição nas ocorrências é fruto da implantação e expansão da Rede de Apoio à Mulher. O sistema conta com 22 delegacias especializadas em atendimento à mulher (Deam’s), uma casa de passagem em Valparaíso, sete núcleos especializados de atendimento psicossocial e jurídico às mulheres em situação de vulnerabilidade (Neam’s), além de centros especializados de atendimento à mulher (Ceam’s), um Centro de Referência Estadual de Igualdade (CREI), casas de abrigo e outros equipamentos públicos, como as patrulhas Maria da Penha.

As patrulhas, que homenageiam a mulher que foi símbolo da criação da lei Maria da Penha, foram criadas há dois anos. Elas funcionam em parceria com a Polícia Militar, além da Secretaria Cidadã. As equipes, que sempre contam com policiais militares femininas para que as vítimas se sintam menos constrangidas e mais acolhidas para relatar o ocorrido, atuam na promoção preventiva no atendimento qualificado às ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher, apoiando, também, o cumprimento das medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha.

Patrulha em números

Chefe da Patrulha Maria da Penha de Goiânia, a tenente Dayse Pereira Vaz de Rezende aponta os números da produtividade da Patrulha da Capital, desde a sua criação. Foram 2.808 acompanhamentos de medidas protetivas de urgência, 36 flagrantes e apoios policiais, 274 acompanhamentos de vítimas em estado de vulnerabilidade, 230 casos solucionados e oito cumprimentos de mandados de prisão em casos de descumprimento de medidas protetivas.

A tenente apresenta um comparativo das ocorrências registradas nos meses de janeiro e fevereiro, comparando 2016 e 2017, também nas cidades que contam com a patrulha. Em Anápolis ,foram 77 em 2016 contra 62 em 2017, diferença de 15 registros ( 19,48%). Em Posse foram cinco casos em 2016 e seis em 2017; em Águas Lindas, 14 em 2016 e 12 em 2017, uma diferença de dois registros (14,28%) e na cidade de Goiás foram 30 casos em 2016 e 15 em 2017, redução de 50%. Para a tenente, um dos motivos da redução nas ocorrências são as Patrulhas e a Lei Maria da Penha, que foi um marco legal no combate à violência contra a mulher. Ela explica que estes números são dados brutos obtidos pelos sistemas de registro da Polícia Militar que foram gerados a partir do atendimento por telefone.

A Patrulha, além do policiamento preventivo, acompanha casos denunciados, especialmente no ambiente doméstico. Além das rondas nos bairros, a Patrulha atua no cumprimento das medidas protetivas. A tenente Dayse explica que os policiais fazem as visitas diárias nas residências das mulheres que fizeram ocorrências nas Delegacias e solicitaram medidas protetivas. O atendimento, segundo ela, é personalizado e existem casos diversos de atendimento. “Ajudamos as mulheres que queiram retirar seus bens pessoais das residências onde o agressor está; fazemos acompanhamentos para os locais que prestam atendimento médico, psicológico; trabalhamos no sentido de garantir a distância legal entre vítima e agressor. Além de reduzir significativamente as ocorrências de violência doméstica contra a mulher em nosso Estado, a Patrulha tem o papel conscientizador junto à comunidade, no intuito de unir esforços para o combate da violência contra a mulher, atuando junto às escolas, faculdades e Centro de Referências de Assistências Sociais”, diz a tenente.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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