A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Civil de Goiás e da Polícia Civil de São Paulo, deflagrou nesta quarta-feira, 19, mais uma fase da Operação Dilúvio Moral, que investiga páginas falsas criadas para arrecadação de doações ao RS. Nesta fase, os mandados judiciais foram cumpridos em Goiás e São Paulo. Duas pessoas foram presas durante a operação.
As forças de segurança cumpriram dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão na residência dos alvos, além de outros locais de interesse da investigação.
Um dos mandados de prisão foi cumprido em Goiânia, contra um individuo de 20 anos apontado como um dos principais responsáveis pelo crime de estelionato por meio virtual. Na ocasião, a investigação descobriu que o suspeito estava envolvido na criação de diversas páginas que supostamente arrecadavam doações para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O individuo teria movimentado mais de R$ 36 milhões de reais entre as transações.
Já a segunda prisão ocorreu em Luziânia, no Entorno do DF, contra uma mulher suspeita de ser sócia de uma empresa de pagamentos em conjunto com um menor de idade, detido na 1ª fase da operação, e contra a mãe de um menor de 16 anos, responsáveis por operar golpes por meio de websites falsos.
Investigação
A operação tem como objetivo prender envolvidos em golpes de ‘falsas doações’ para vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com a investigação, os websites fraudulentos foram criados e operados por dois menores de 16 anos, em Balneário Camboriú (SC) e Luziânia (GO).
Para praticar os crimes, os menores criaram páginas na internet que simulavam sites oficiais do Rio Grande do Sul e noticiavam que a população enfrentava a maior enchente da história no Estado. A partir disso, eram disponibilizados links para páginas falsas do website “Vakinha”, onde os interessados podiam doar para ajudar na campanha de arrecadação.
Na página simulada, era divulgado um QR Code, que permitia o pagamento via pix. Os valores eram destinados para uma loja virtual de gateway de pagamentos, que repassava os valores para lojas indicadas pelos golpistas, muitas vezes sendo empresas as quais os suspeitos se diziam sócios.
Os golpistas tiveram a ajuda e auxílio de um indivíduo de 20 anos, residente de Goiânia, para aplicar os golpes. O suspeito teria movimentado mais de R$ 36 milhões em transações atípicas recentes.