Modelo desabafa sobre ter nascido com uma condição rara: duas vaginas e sem ânus

Modelo desabafa sobre ter nascido com uma condição rara: duas vaginas e sem ânus

Em um depoimento compartilhado no TikTok, uma jovem de 25 anos falou sobre viver com uma condição extremamente rara: nasceu com duas vaginas e sem ânus. Anja Christoffersen passou por 25 cirurgias ao longo da vida, enfrentando problemas de saúde como incontinência urinária.

Anja compartilhou que desde os 1 ano de idade precisava fazer lavagens intestinais diariamente para controlar a função do intestino. Mesmo com esse cuidado, ainda enfrentava acidentes com frequência.

“Com um ano de idade, comecei a fazer lavagens retais [enemas] diariamente para induzir contrações intestinais e me dar continência social. Caso contrário, meu intestino era como uma torneira aberta. Mesmo com essas lavagens eu ainda sofria acidentes no dia a dia”, contou em seu relato publicado na plataforma de vídeos.

Durante o desenvolvimento fetal, o canal que conecta os sistemas genital, digestivo e urinário normalmente se divide. No entanto, no caso de Anja, apenas um canal recebeu os resíduos do corpo, sendo necessário ter três passagens: para urina, vaginal e retal.

A primeira cirurgia dela foi aos 7 meses, onde foi feito um corte até a coluna para dividir o canal principal em três. As cirurgias seguintes incluíram reconstrução pélvica e reparo do esôfago subdesenvolvido.

Apesar dos desafios de infecções e tratamentos, Anja hoje é modelo e fundadora de uma marca de produtos de higiene para pessoas com deficiência. Ela conta que sempre acreditou que poderia realizar seus sonhos, mesmo com sua condição congênita.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos