Governo de Goiás apresenta prioridades da LDO em audiência pública na Alego

O secretário da Economia, Sérvulo Nogueira, participou na tarde desta quinta-feira (27/6) de audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para debater, junto aos parlamentares, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício financeiro de 2025 (PLDO 2025). A matéria tramita na Casa e estabelece metas da administração pública estadual, principalmente para a organização dos orçamentos, com prioridades, estrutura e disposições relativas às despesas. A reunião foi comandada pelo relator do projeto, deputado Coronel Adailton (SD).

O secretário da Economia deu início à exposição do projeto abordando os fundamentos constitucionais e normativos da matéria; aspectos do orçamento público; os instrumentos e fundamentos legais do Sistema Orçamentário Brasileiro, tais como prazos e leis; além das peculiaridades e novidades presentes no projeto da LDO 2025.

Na sequência, Sérvulo Nogueira elencou as cinco prioridades da LDO 2025: “Os principais objetivos previstos na LDO são o aumento da qualidade da educação pública, que é a grande prioridade do governo nesta gestão; o compromisso com a saúde e a segurança pública, que já apresentam indicadores de melhoria e são referência nacional; os programas de proteção social; as obras de infraestrutura; e, como inovação, a melhoria do ambiente de negócios”, ressaltou.

A LDO também determina que a programação da despesa na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo ano deve incluir: o cumprimento das despesas obrigatórias com pessoal e encargos sociais, o pagamento de amortizações e encargos da dívida do Estado, as vinculações constitucionais e legais, a conclusão de obras e outras despesas previstas no Plano Plurianual (PPA) para o período de 2024 a 2027.

Receita anual

Sérvulo destacou que o processo de elaboração da LDO começa com uma série de pressupostos para a previsão da receita anual. “Para a receita de 2025 consideramos, além do crescimento do ICMS, ITCD e IPVA, as receitas provenientes de transferências constitucionais e outras fontes, incluindo algumas receitas extraordinárias previstas tanto para 2024 quanto para 2025”, frisou.

“Estão previstos na receita de 2025, além dos ganhos da venda da folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, que resultaram em R$ 677 milhões com a renovação feita com a Caixa – dos quais duas parcelas ingressam em 2024 e duas em 2025 –, os efeitos das novas alíquotas de ICMS”, complementou.

A previsão de receita corrente líquida é de aproximadamente R$ 43 bilhões. O secretário da Economia destacou que, do ponto de vista das despesas, é essencial respeitar a limitação imposta pela Lei Complementar nº 159, que determina a correção das despesas empenhadas de acordo com a variação do IPCA.

“Este projeto de lei introduz uma nova configuração fiscal para o Estado. Após superarmos déficits contínuos, estamos agora em uma posição de recuperação fiscal. É fundamental destacar a importância de permanecermos vigilantes e de mantermos nosso compromisso com a responsabilidade fiscal”, finalizou Sérvulo Nogueira.

Saiba mais

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma ferramenta utilizada pelo Poder Executivo para definir as principais diretrizes da administração pública, incluindo metas e prioridades relacionadas aos programas que o governo planeja executar no ano seguinte. Ela serve, sobretudo, como base para a elaboração do orçamento. A LDO precede e guia a criação da Lei Orçamentária Anual (LOA).

As audiências públicas para a elaboração da LDO e da LOA, assim como para a revisão do PPA, são organizadas pela Assembleia Legislativa para promover um debate preliminar entre cidadãos e parlamentares sobre questões orçamentárias. Esses encontros permitem que a população conheça os projetos de lei que compõem a LDO, a LOA e a revisão do PPA, além de oferecer a oportunidade de comentar e sugerir modificações.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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