Uma passageira com obesidade ficou presa por cerca de duas horas na roleta de ônibus em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A mulher, de 48 anos, passou por momentos de dores e informou ter sido negado sua entrada no coletivo pela porta traseira, pois o motorista alegava estar seguindo “ordens da empresa”.
Em relato ao G1, a filha da passageira contou que a mãe estava próxima de um hospital no bairro Jardim Esperança e pegaria o ônibus para voltar ao bairro onde mora, no Porto do Carro. A mulher informou ao motorista que possuía dificuldade de passar pela catraca, mas foi impedida pelo motorista de entrar no ônibus pela porta traseira. Ela passou duas horas presa na roleta, sentido dores, até que um mecânico da empresa foi acionado para retirá-la.
“Quando tiraram minha mãe, ela já não estava conseguindo andar. As pernas estavam inchadas, cheia de dor, e o abdômen também doía. Por fim, estava apertando muito a barriga dela, e já estava com falta de ar”, contou a filha da mulher.
A filha da vítima ainda relatou que essa não é a primeira vez que a mãe passa por problemas envolvendo à falta de acessibilidade nos ônibus que circulam na região.
Em nota, a empresa Salineira, responsável pela administração dos veículos que circulam na região, lamentou o ocorrido e informou que todos os motoristas são orientados e treinados a permitir o embarque pela porta traseira, desde que haja uma impossibilidade comentada pelo passageiro.
“A empresa informa que foi oferecido todo o suporte necessário para a cliente durante a dinâmica da ocorrência. Entretanto, a passageira não aceitou o encaminhamento ao hospital mais próximo. A Salineira reforça que repudia qualquer forma de constrangimento ou preconceito”, afirma a nota.