CNJ intima juíza e desembargadora que negaram aborto a adolescente vítima de estupro em Goiás

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entrou com um pedido de resposta contra a juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso, do 1º Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, e a desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que negaram o pedido de uma menina de 13 anos a fazer aborto, após ser estuprada.

A história foi revelada em uma reportagem no Intercept. Na decisão, o CNJ informou que a resposta deve ser dada em cinco dias e classificou o caso, segundo o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, como grave.

Além do CNJ, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO também pede esclarecimentos sobre o fato. “Em caso de estupro, a vítima tem direito ao aborto por ser resultado de crime. A legislação não fala de autorização dos pais. É um direito natural, em razão em legislação”, esclareceu Larissa Junqueira Bareato, presidente da Comissão, em entrevista ao Metrópoles.

Sobre o caso

A gravidez da adolescente é fruto de um estupro sofrido pela vítima. O suspeito seria hum homem de 24 anos, que é conhecido do pai da vítima. Familiares apontam que o crime apenas foi denunciado para a Polícia Civil apenas depois de intervenção externa.

A decisão do aborto foi negada neste ano, após a menina decidir interromper a gestação, fruto de um estupro, quando estava com 12 semanas. A adolescente teria procurado o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia, para passar pelo aborto, mas o hospital pediu a autorização do pai da vítima, que possuí a guarda dela e que recusou. A equipe médica alegou que não se sentiu segura para o procedimento, então recorreu à Justiça.

A primeira decisão saiu quando a menina já tinha mais de 20 semanas e autorizou a interrupção, mas usando técnicas para preservar a vida do feto, como o parto antecipado. Já a segunda decisão suspendeu qualquer interrupção na gravidez, após o pai da adolescente procurar a Justiça pedindo que a filha não interrompesse a gravidez.

Segundo o Intercept, o genitor entrou com o pedido na Justiça pedido que o abordo não fosse realizado e contou com a ajuda de diversos advogados, sendo um deles ligado ao grupo pró-vida em Goiás. Na decisão, ele pediu para que a filha segurasse a gravidez até a 30ª semana, quando o feto já teria chances de sobreviver fora do útero.

Além da ajuda de advogados, o site apontou que o pai também está contando com o auxílio de uma freira e um padre da Igreja Católica. Já a menor está sendo representada pelo Ministério Público, com participação do Conselho Tutelar e Defensoria Pública.

Direito a aborto

No Brasil, o aborto é permitido quando há risco de vida para a mãe, em caso de anencefalia do feto ou se a gravidez é resultante de violência sexual.

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Ameaça do novo míssil balístico russo Oreshnik utilizado em ataque na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, chocou o mundo ao anunciar a utilização de um novo míssil balístico de médio alcance em um ataque na região ucraniana de Dnipropetrovsk. O armamento, chamado de Oreshnik, despertou preocupações internacionais devido à sua capacidade letal e alcance impressionante. A declaração de Putin acendeu alertas em diversos países ocidentais, que temem a ameaça representada por essa nova tecnologia militar russa.

A revelação de Putin sobre o Oreshnik gerou especulações e debates sobre as implicações desse armamento nas relações internacionais. A Rússia sempre foi conhecida por sua postura assertiva na arena militar, e a introdução do Oreshnik apenas reforça essa reputação. O míssil balístico de médio alcance tem a capacidade de atingir alvos com precisão e rapidez, o que o torna uma arma altamente eficaz em conflitos.

A comunidade internacional teme que a existência do Oreshnik possa desencadear uma nova escalada de tensões entre a Rússia e o Ocidente. Países da OTAN estão reavaliando suas estratégias de defesa e monitorando de perto os movimentos russos. O uso do novo míssil balístico em um ataque na Ucrânia demonstra a determinação de Putin em fortalecer o poderio militar russo e desafiar a hegemonia ocidental.

Os especialistas militares estão analisando minuciosamente as características e capacidades do Oreshnik para entender melhor seu impacto no cenário geopolítico global. O armamento russo tem o potencial de mudar o equilíbrio de poder no mundo, levando as potências ocidentais a reavaliarem suas estratégias de segurança e defesa. O temor de uma nova corrida armamentista é real, e a existência do Oreshnik só intensifica essa preocupação.

A decisão de Putin de utilizar o Oreshnik em um ataque na Ucrânia foi um sinal claro de que a Rússia está disposta a desafiar as normas internacionais e impor sua vontade de forma agressiva. O impacto desse movimento pode ser sentido em todo o cenário político mundial, com os líderes ocidentais buscando formas de conter a crescente influência russa. O Oreshnik representa mais do que um simples armamento, é um símbolo do poder e da determinação russa em dominar o cenário global.

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