Mulher que ateou fogo em estudante é denunciada por tentativa de homicídio qualificado

“Ela ateou fogo dentro do carro, sem dúvida nenhuma, ela queria matar a menina. Até agora não há nenhum elemento que diga a motivação. A denunciei por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por meio cruel devido ao uso de fogo e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, visto que a pegou desprevenida”

A mulher que ateou fogo na estudante de farmácia Beatriz Carneiro, de 20 anos, dentro do carro da vítima, deixou o presídio de Iporá com a condição de que seja internada em uma clínica para tratamento psiquiátrico. Fabiana dias da Silva, de 38 anos, responde por tentativa de homicídio duplamente qualificada.

O crime aconteceu no dia 16 de março, após Beatriz comprar pães em São Luís de Montes Belos, a 120 km de Goiânia, onde mora. A suspeita quebrou o vidro do carro dela, jogou álcool e ateou fogo. Fabiana foi detida no mesmo dia. “Ela ateou fogo dentro do carro, sem dúvida nenhuma, ela queria matar a menina. Até agora não há nenhum elemento que diga a motivação. A denunciei por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por meio cruel devido ao uso de fogo e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, visto que a pegou desprevenida”, disse o autor da denúncia o promotor de Justiça Deusivone Campelo Soares.

Ainda segundo o promotor de Justiça, ela usou do direito de ficar em silêncio durante a instrução do processo e os advogados afirmaram que ela possui esquizofrenia. O alvará de soltura foi expedido na última quinta-feira (3), deixando a cadeia no mesmo dia. A defesa da mulher, não se pronunciou a respeito do assunto.

Ataque

A primeira avaliação médica logo após o crime constatou que Beatriz teve 45% do corpo queimado. Porém, após uma nova análise dos médicos, esse índice caiu para 20%. A jovem passou por cerca de 20 procedimentos após o ataque e segue em tratamento. O delegado Victor Avelino concluiu o inquérito do caso e indiciou Fabiana por tentativa de homicídio no dia 26 de março. Já em 9 de abril, o promotor de Justiça a denunciou, e a ação foi aceita pelo juiz Peter Lemke Schrader.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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