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Apagão cibernético global causa atrasos em voos e afeta serviços bancários e de comunicação

Última atualização 19/07/2024 | 15:14

Um apagão cibernético global nesta sexta-feira,19, impactou diversos setores, incluindo aviação, bancos, telecomunicações e mídia. A falha foi causada por uma atualização defeituosa no software de segurança Falcon Sensor da empresa norte-americana CrowdStrike, que resultou em travamentos no sistema operacional Windows da Microsoft, exibindo a chamada “tela azul da morte”.

No Brasil, a companhia aérea Azul foi uma das afetadas, com atrasos em voos devido à intermitência no sistema de gestão de reservas. No Aeroporto Internacional de Brasília, administrado pela Inframerica, cinco voos da Azul decolaram com atraso e outros três ainda estavam atrasados até as 11 horas. No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o check-in passou a ser feito manualmente, minimizando os impactos.

A Força Aérea Brasileira informou que o sistema de controle do espaço aéreo não foi afetado, mantendo todos os equipamentos e softwares operando normalmente. Contudo, aeroportos internacionais, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários terminais na Espanha, relataram problemas nos sistemas e atrasos. Companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air suspenderam seus voos devido a problemas de comunicação.

Além do setor aéreo, o apagão afetou os serviços bancários. Clientes do Bradesco enfrentaram dificuldades com o aplicativo do banco, que ficou fora do ar temporariamente. O banco recomendou que os clientes não desinstalassem o aplicativo para evitar a perda da chave de segurança. Em nota, o Bradesco informou que estava trabalhando para regularizar a situação o mais rápido possível. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que a maioria das instituições financeiras brasileiras normalizou seus serviços ainda pela manhã.

No Reino Unido, sistemas de reservas médicas ficaram offline, e a emissora Sky News interrompeu suas transmissões ao vivo. Globalmente, bancos e outras instituições financeiras de países como Austrália, Índia e África do Sul também alertaram seus clientes sobre falhas nos serviços.

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, declarou que o problema já foi identificado, isolado e corrigido, assegurando que não se tratava de um incidente de segurança ou ataque cibernético. A CrowdStrike está trabalhando ativamente com os clientes afetados e recomenda que as organizações mantenham a comunicação com seus representantes por meio de canais oficiais para garantir a segurança e estabilidade dos sistemas.

Este incidente sublinha a dependência crítica de sistemas de TI seguros e resilientes e a necessidade de protocolos de resposta rápida para minimizar os impactos de falhas tecnológicas em escala global.