PM à paisana é morto durante confronto com criminosos, em Novo Gama

Um policial militar, de 38 anos, foi morto durante um confronto com quatro criminosos na última segunda-feira, 22, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar, o policial foi abordado e morto pelos criminosos quando não estava fardado.

Informações iniciais apontam que o policial estava trabalhando em uma investigação descaracterizado, sem uso de farda e viatura. Ele teria abordado quatro suspeitos, que reagiram e desferiram disparos de arma de fogo contra ele.

Leandro Gadelha da Silva foi baleado por tiros no tórax e abdômen. Ele foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município e, posteriormente, transferido para o Hospital de Santa Maria (DF), mas não resistiu aos ferimentos.

Os suspeitos foram identificados e encontrados em um carro de transporte de aplicativo pelas Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), portando uma pistola modelo TS9 Cal, 9mm, identificada como a arma utilizada no crime. Eles foram conduzidos para a Central de Flagrantes, incluindo o motorista do veículo.

A PMGO, por meio das redes sociais, lamentou o ocorrido e desejou condolências aos familiares do Cabo. “É com imenso pesar que a Polícia Militar comunica o falecimento do Cabo Leandro Gadelha da Silva, policial militar da ativa. Esperamos que Deus, em sua infinita misericórdia, possa confortar o coração dos familiares e amigos do Cabo Leandro.”, escreveram.

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MP do TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu na última sexta-feira, 22, a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
 
Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, um capitão reformado que recebe um salário bruto de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, com um salário de R$ 36,5 mil brutos, o tenente-coronel Mauro Cid, que ganha R$ 27 mil, e o general da reserva Braga Netto, com um salário de R$ 35,2 mil.
 
Lucas Furtado argumentou que o custo dos salários desses militares é de R$ 8,8 milhões por ano. “A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador.
 
Além da suspensão dos salários, Furtado também pediu o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF. Essa medida visa cobrir os prejuízos causados pelos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que totalizam R$ 56 milhões, conforme estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
 
“Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens”, completou Furtado.
 
O pedido inclui ainda a extensão da medida de suspensão de qualquer pagamento remuneratório aos outros indiciados que recebam verba dos cofres públicos federais, incluindo do Fundo Partidário. O processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto pelo TCU.

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