Após nove anos de dor, russo descobre pedaço de vidro encravado no fígado

Após suportar nove anos de dor e desconforto na região das costelas, um homem russo descobriu a surpreendente causa de seu sofrimento: um pedaço de vidro encravado em seu fígado. O caso, revelado pela Secretaria de Saúde da região de Kirov no início de julho, chamou atenção devido à sua singularidade.

O paciente, um homem de 53 anos, foi diagnosticado com um fragmento de vidro de nove centímetros no lobo direito do fígado, identificado apenas após uma tomografia computadorizada. O vidro, com bordas afiadas, estava presente no órgão há quase uma década, mas o paciente não conseguiu explicar como o fragmento foi parar ali, uma vez que não apresentava histórico de traumas.

A descoberta levou à realização de uma cirurgia laparoscópica no Hospital Clínico Regional de Kirov, que durou cerca de duas horas. Durante o procedimento, os cirurgiões encontraram o vidro coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo, uma resposta inflamatória do corpo para isolar o objeto estranho dos tecidos saudáveis.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Kirov destacou a surpresa dos médicos ao visualizar o pedaço de vidro no monitor endoscópico. “O vidro medindo 88 x 15 x 7 mm estava envolto em uma cápsula protetora. O corpo desenvolve essa cápsula como uma forma de defesa para evitar a inflamação mais grave e proteger os tecidos ao redor”, explicaram.

Os médicos ressaltaram que o paciente teve sorte, pois o vidro poderia ter causado complicações sérias, como uma inflamação purulenta e abscesso, que exigiriam cirurgia de emergência. A descoberta e remoção do fragmento de vidro trouxe alívio ao paciente, encerrando uma longa e dolorosa experiência.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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