Lançada em junho pela Agência da Guarda Civil Metropolitana (GCM), a 16ª Campanha Pipa Sem Cerol tem como objetivo conscientizar crianças, adolescentes e adultos sobre os perigos do uso do cerol e de outras linhas cortantes, como a chilena e a indonésia. As ações se estendem até 1 de setembro.
A GCM destaca que a prática de soltar pipa com cerol é proibida em Goiânia e em diversas cidades do Brasil, devido aos riscos não apenas para as crianças e adolescentes que brincam, mas também para transeuntes, motociclistas e para a integridade da fiação elétrica e de bens públicos e privados. O número emergencial 153 da GCM recebe denúncias relacionadas ao uso de cerol.
Nos últimos dois anos, segundo dados do Observatório de Violência e Segurança, não houve registros de acidentes com vítimas fatais envolvendo linhas de pipa. O presidente-comandante da GCM, Wellington Ribeiro Paranhos, enfatiza a importância da campanha para a manutenção desse índice positivo. “É um trabalho de conscientização que precisa do apoio de todos, especialmente dos pais”, ressalta.
Ações
A 16ª Campanha Pipa Sem Cerol é promovida em parceria com diversas instituições, incluindo Detran-GO, ONG Guardiões do Verde, SME, Movimento Lixo Zero, Associação dos Servidores da Guarda e motoclubes locais.
As iniciativas Guarda Mirim e Anjos da Guarda, ambos da Assessoria de Políticas sobre Drogas, também estão engajados nas atividades da campanha. São desenvolvidos trabalhos educativos junto às redes de ensino, assim como os grupos Cão Amigo do Grupo de Operações com Cães (GOC K9) e o Escola Mais Segura, desenvolvido pela 7ª Unidade de Comando Regional. Em parceria com a SME, que realiza o Festival de Pipas nos Mutirões de Goiânia, instituições parceiras trabalham na orientação de uma prática segura sem o uso das linhas cortantes.
Avanços
Desde a criação da campanha Pipa Sem Cerol, os números de vítimas fatais decorrentes do uso de cerol têm demonstrado uma tendência positiva. Em 2009, não houve registro de mortes relacionadas a essa prática. No ano seguinte, em 2010, foram contabilizadas quatro mortes. Em 2011, o número caiu para uma única morte, e em 2012, novamente, não houve vítimas fatais.
O ano de 2013 registrou uma morte, enquanto 2014 não teve nenhum incidente fatal. Em 2015, houve mais um registro de morte, e de 2016 a 2020 não foram registradas vítimas fatais. Em 2021, houve novamente uma morte, mas, entre 2022 e 2023, a campanha conseguiu manter o índice positivo, sem nenhuma morte registrada. Esses dados demonstram a eficácia das ações de conscientização e prevenção promovidas pela campanha.
Operações
Ainda no contexto da Campanha Pipa Sem Cerol, a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia realizou operações durante o segundo e o terceiro finais de semana de julho, para combater o uso de linhas cortantes em áreas identificadas como problemáticas. A operação teve início no Morro do Curitiba, no Jardim Curitiba, e se estendeu para outras regiões. As equipes apreenderam 110 carreteis de linhas cortantes e abordaram várias pessoas em uma operação que envolveu 18 agentes e 9 viaturas.
Já na operação do terceiro final de semana, foram apreendidos 183 carreteis de linhas cortantes e 100 pipas em um terreno baldio no Residencial Elizene Santana, com a abordagem a indivíduos e veículos. O caráter educativo da operação foi mantido, com a liberação dos abordados e a aplicação de autos de infração de trânsito em alguns casos.
O combate ao uso de linhas cortantes é uma prioridade contínua da GCM, que intensifica suas ações nos finais de semana, sempre em resposta às demandas da comunidade.