Incêndio em prédio da OAB em Brasília pode ter sido causado por gerador

Na manhã deste sábado, 27, um incêndio atingiu o edifício-sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), localizado no Setor de Autarquias Sul (SAS) em Brasília. O Corpo de Bombeiros informou que as chamas podem ter começado em um gerador utilizado nas obras de remodelação do edifício. No entanto, apenas a perícia poderá confirmar a causa do incêndio, com um relatório previsto para ser concluído em até 30 dias.

Cinco pessoas estavam no prédio no momento do incêndio. Três delas precisaram ser transportadas para hospitais, sendo que apenas uma sofreu ferimentos, com queimaduras nos pés ao tentar apagar o fogo sem os equipamentos necessários. Outras duas pessoas, que estavam realizando reparos no terraço, ficaram com medo de descer e tiveram que ser resgatadas por meio de helicóptero.

O segundo tenente do Corpo de Bombeiros, José Nascimento, destacou a rápida atuação dos militares: “Foram cerca de 40 militares envolvidos na operação. Resgatamos apenas um ferido, que teve queimaduras nos pés. Apesar da suspeita de que um gerador tenha sido a causa, ainda não podemos afirmar com certeza até que a perícia seja concluída.”

O presidente da OAB nacional, Beto Simonetti, esteve no local e comentou sobre a situação: “Estamos felizes que todos os cinco trabalhadores foram resgatados bem e estáveis. Nossa preocupação era com a segurança das pessoas. É um alívio que essa tragédia tenha ocorrido no fim de semana, pois durante a semana, cerca de 200 trabalhadores atuam aqui. Os andares mais comprometidos foram o 3º e o 4º, onde funciona o plenário.”

O fogo foi controlado por volta das 10h, mas os bombeiros continuaram o trabalho de rescaldo até o meio-dia. Uma equipe da Defesa Civil também foi chamada ao local. O sistema de controle de incêndios do edifício funcionou adequadamente, o que ajudou a reduzir os danos, que comprometeram quatro andares. Apesar disso, a fumaça se espalhou pelos dutos de ventilação, atingindo todo o prédio. Os bombeiros precisaram quebrar várias vidraças para dispersar os gases tóxicos.

A assessoria de imprensa da OAB divulgou uma nota informando que a brigada de incêndio do Conselho Federal da OAB (CFOAB) iniciou os trabalhos de contenção das chamas, com o apoio do Corpo de Bombeiros. A causa exata do incêndio ainda está sendo investigada.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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