Empresários ignoram CEI das Obras Paradas

Alysson Lima: “Esta empresa abandonou quatro obras e continua fazendo obras no município de Goiânia então existe um erro aí.”,

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) realizada na Câmara Municipal de Goiânia, na tarde desta terça-feira (08) às 14h30, convocaram os dois empresários João Henrique da Costa Júnior e Sérgio Eduardo da Costa Araújo iriam prestar depoimento. Os sócios-proprietários da Antares Construtora e Incorporadora, responsáveis pela obra paralisada em 2012, iriam prestar depoimento.

A construção da UBS do Conjunto Riviera foi assinada entre a empresa Antares e o município de Goiânia. O valor estipulado para este projeto foi de R$ 1,197,739,54, entretanto, o valor repassado foi a quantia de R$ 146.030,19. Na execução do projeto, um erro gravíssimo foi cometido na construção da obra, a frente do edifício foi posicionada aos fundos.

De acordo com o vereador e presidente da CEI das Obras Paradas, Alysson Lima (PRB) existe um equívoco grave na atuação desta firma na capital. “Esta empresa abandonou quatro obras e continua ainda fazendo obras no munícipio de Goiânia então existe um erro aí.”, desabafa.

Se as documentações não forem encaminhadas dentro do prazo de 15 dias estabelecidos na Lei Orgânica, o relator Eduardo Prado (PV) irá acusar tanto os secretários quanto o prefeito pelo crime de responsabilidade. “Essa CEI não será desmoralizada. Precisamos das cópias dos contratos para trabalhar. Como iremos saber se a medição foi realizada de forma correta?”, argumenta.

Alysson Lima se manifestou na comissão e agradeceu o apoio dos vereadores integrantes da CEI. “Eu tô muito feliz com o trabalho por parte desta CEI. Verificamos erros muito graves por parte do poder público municipal, e é um assunto muito complexo, se brincar um ano, dois anos não é tempo suficiente pra gente reiterar as obras paralisadas”, aponta.

Os vereadores irão realizar na próxima sexta-feira (11) uma visita técnica na Unidade de Saúde do Conjunto Riviera, a obra está parada desde de 2010. Os membros aguardam a presença dos proprietários da Construtora Antares na próxima reunião, agendada para segunda-feira (14). Se caso os convidados não comparecerem, o vereador Eduardo Prado (PV), solicitará a condução coercitiva de ambos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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