Duas crianças morrem em ataque durante aula de dança inspirada em Taylor Swift no Reino Unido

Na manhã desta segunda-feira, 29, um ataque violento deixou duas crianças mortas e sete pessoas feridas em Southport, cidade localizada a cerca de 30 km de Liverpool, no Reino Unido. Um homem armado com uma faca invadiu uma aula de dança para crianças, que acontecia ao som de músicas da cantora Taylor Swift, por volta das 11h50, horário local.

Segundo informações da imprensa local, o ataque ocorreu em uma propriedade residencial onde as crianças participavam da aula. Pelo menos 25 meninas estavam presentes no evento, promovido pelo The Hart Space, que oferece aulas de meditação, yoga e outras atividades para mulheres, grávidas, bebês e crianças.

A polícia de Merseyside, por meio do comissário Emily Spurrell, confirmou a prisão do suspeito. A chefe de polícia, Serena Kennedy, revelou que o ataque resultou em nove pessoas feridas, com seis delas em estado grave. Além das duas crianças que não resistiram, dois adultos também estão em estado crítico. Todos os ferimentos foram causados por facadas.

A motivação do ataque ainda é desconhecida. “A investigação está em seus estágios iniciais e a motivação para o incidente permanece obscura”, declarou Serena Kennedy. Ela acrescentou que a Polícia Antiterrorista do Noroeste ofereceu apoio à polícia de Merseyside, mas o caso não está sendo tratado como relacionado ao terrorismo.

Testemunhas descreveram cenas de horror. Bare Varathan, dono de uma loja próxima, relatou ao New York Post: “Eu vi de sete a dez crianças do lado de fora. Elas estavam feridas, sangrando. Estavam na estrada, correndo. Foram esfaqueadas em todos os lugares.”

O homem, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi preso no local, e uma faca foi apreendida. As meninas feridas foram rapidamente levadas para três hospitais infantis locais, onde recebem tratamento. Mais de uma dúzia de veículos de emergência atenderam à ocorrência.

O ataque chocou a comunidade local, que está agora em luto pelas jovens vidas perdidas e rezando pela recuperação dos feridos.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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