Revisão do PIB goiano de 2023 eleva crescimento econômico a 5,2%

A revisão do Produto Interno Bruno (PIB) goiano de 2023 projetada pelo Instituto Mauro Borges (IMB) aponta que a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado obteve crescimento de 5,2%, na comparação com 2022.

A previsão também mostra que Goiás atingiu um montante de R$ 342 bilhões, fechando o ano com o maior valor da história.

A diferença é justificada por atualizações nas estimativas de crescimento de dois grandes setores, indústria e serviços. Na indústria, a estimativa obteve incremento de 0,5 ponto percentual (p. p.), enquanto no setor de serviços a estimativa passou para 1,1 p.p. a mais.

Levando-se em consideração o peso de cada um destes setores, essas duas variações levaram ao aumento de 0,8 p.p. na estimativa final do PIB para o ano de 2023.

“Essa revisão para cima do crescimento da indústria e dos serviços comprova o bom momento da economia de Goiás. Estamos avançando em áreas importantes, com tecnologia e inovação, criando empregos e levando desenvolvimento para todas as regiões”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

ACIMA DA MÉDIA

Caso confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de 5,2% de avanço no PIB estadual continuará acima da média brasileira no mesmo período, que é de 2,9%. Com a revisão, o crescimento econômico em Goiás chega a 11,8% nos anos de 2021 e 2022.

“A revisão do PIB de Goiás, que agora aponta para um crescimento de 5,2% em 2023, reflete um desempenho robusto em todos os setores da economia, destacando-se acima da média nacional. Goiás cresce e se desenvolve em ritmo acelerado”, salienta o Secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

As atividades que integram esses setores e que se destacaram, sendo responsáveis pelas novas estimativas, foram:

  • Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP);
  • Construção Civil;
  • Outros Serviços;
  • Administração Pública.

As mudanças foram observadas em razão de atualizações em algumas fontes de dados utilizadas como a Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) e dados sobre geração de energia elétrica (Aneel).

 

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Câmara aprova taxação de 15% sobre lucro de multinacionais

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 17, o projeto de lei que taxa em pelo menos 15% o lucro de empresas multinacionais instaladas no Brasil. A cobrança ocorrerá por meio de um adicional na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que garantirá a tributação mínima efetiva de 15%, dentro do acordo global para evitar a erosão tributária estabelecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Social (OCDE).

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei 3817/24 repetiu a Medida Provisória 1262/24, editada no início de outubro. Após a aprovação pelo plenário da Câmara, o texto será enviado ao Senado.

Pelo texto, os lucros das multinacionais serão submetidos a cálculos específicos para saber se a empresa paga pelo menos 15% de tributação. Caso a conta dê deficitária, o adicional da CSLL incidirá sobre o lucro de empresas no Brasil integrantes de grupos multinacionais cuja receita anual consolidada seja superior a 750 milhões de euros (cerca de R$ 4,78 bilhões) em pelo menos dois dos quatro anos fiscais consecutivos anteriores à apuração.

Um dos critérios de adesão à OCDE, grupo que sugere medidas políticas, econômicas e sociais a países, a tributação de multinacionais evita que as empresas façam manobras de evasão fiscal e remetam parte dos lucros a outros países, com alíquotas menores, ou a paraísos fiscais. Desde 2015, o Brasil tenta entrar na OCDE.

O relator do projeto, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), defendeu a prorrogação até 2029 do crédito presumido de 9% sobre lucros no exterior e a consolidação de resultados de empresas subsidiárias no exterior. Segundo ele, a manutenção desses instrumentos evita a perda de competitividade das multinacionais brasileiras e uma possível dupla tributação (pagamento de um mesmo tributo em dois países), garantindo que operem em igualdade com concorrentes estrangeiros.

Segundo o projeto, a cobrança começará no ano fiscal de 2025, e o pagamento deverá ocorrer até o último dia do sétimo mês após o fim do ano fiscal. Como o ano fiscal não coincide necessariamente com o ano civil para todas as empresas e grupos multinacionais, a data se torna variável.

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