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Bebê de 3 meses é asfixiado até a morte pelos pais em ‘ritual Satânico’, diz polícia do Espírito Santo

Última atualização 06/08/2024 | 15:59

A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu o inquérito sobre a morte de um bebê de três meses, ocorrida em 22 de julho no município de Barra de São Francisco. Segundo as autoridades, o recém-nascido foi assassinado pelos pais, que pretendiam fazer uma “oferenda ao diabo” com o crime.

O delegado Daniel Azevedo, da Delegacia Regional de Barra de São Francisco, revelou que uma testemunha afirmou ter recebido uma ligação da mãe do bebê momentos antes do crime, informando que iria sacrificar a criança. Posteriormente, a mesma testemunha recebeu outra ligação da mãe, confirmando que o ato havia sido concretizado.

O pai da criança, um homem de 21 anos, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, asfixia e crime contra menor de 14 anos. A mãe, uma adolescente de 17 anos, foi indiciada por ato infracional análogo aos mesmos crimes devido à sua menoridade.

No dia do crime, ambos os pais foram detidos. A mãe está atualmente internada na Unidade Feminina de Internação (UFI), enquanto o pai permanece preso. Durante o processo investigativo, ficou demonstrado que os pais asfixiaram a criança com o objetivo de realizar um ritual de magia, sacrificando o bebê como oferenda ao diabo.

Além das investigações, os pais forneceram versões contraditórias sobre o crime. A mãe relatou que, após uma discussão com o companheiro na noite anterior, dormiu no chão do quarto com o bebê devido ao frio. Na manhã seguinte, ao tentar acordar a criança, percebeu que ela estava com edema na cabeça e sangramento no nariz. Ela chamou o companheiro, que gritou por socorro para a vizinha.

O pai, por sua vez, afirmou que após a discussão monitorou a mãe e o bebê, e chamou a companheira para deitar na cama devido ao frio. Na manhã seguinte, encontrou a mãe deitada sobre a criança, que estava sem respirar. Ele tentou socorrer a filha com a ajuda da vizinha, mas o bebê já apresentava sinais de asfixia e secreção no nariz.

O caso segue agora para o Ministério Público do Espírito Santo, que decidirá se denunciará o casal pelos crimes apontados pela polícia.