Última atualização 08/08/2024 | 12:39
A dona de um salão de cabelo em Goiânia denunciou a destruição do estabelecimento após um personal trainer invadir o local exigindo o pagamento dar aulas que havia ministrado para ela. A vítima relatou um desacordo em relação a quantidade de aulas, em que o homem falava que havia sido sete e ela três.
O caso foi registrado como “dano” na Polícia Civil no último dia 30 de julho deste ano. Em um vídeo gravado pela dona do estabelecimento é possível ver o momento em que o personal lê a mensagem em que cobra a empresária e afirma que tentou evitar a situação, mas que a mulher “preferiu” o constrangimento. Em seguida, a mulher responde o homem e ele passa a gravá-la, informando que compartilharia o vídeo.
Em certo momento, a mulher diz que não pagará as aulas administradas pelo personal e, enfurecido, o homem passa a quebrar itens do salão de beleza.
Veja o vídeo:
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Discussão
A discussão entre a mulher e o personal teria começado após a vítima o procurar para realizar aulas. Ela relatou que duas delas, inclusive, foram experimentais e que ele passou a cobrá-las depois da terceira aula. “Quando falei que ia pagar só uma das três aulas, ele ficou furioso, pegou minha cabine e a jogou com muita força na parede, quase me atingiu. Ele também jogou outra parte da cabine muito próximo da minha cliente, quebrou uma luminária e o carrinho da cabeleireira”, descreveu a mulher.
Além disso, a empresária explicou ter feito aula após insistência do personal, mas que não teria condições de arca com o pagamento no momento. Após duas semanas, o homem passou a cobrar o pagamento e foi até o salão da beleza da mulher, que estava acompanhada de uma cliente e uma colaboradora. “O personal trainer chegou alterado, gritando e ameaçando me expor em uma rede social com 20 mil seguidores, caso eu não pagasse o valor cobrado. Ele começou a gravar toda a ação”, comunicou a vítima.
Após a confusão no salão de beleza, a empresária relatou ter recebido mensagem do personal dizendo que agora “os dois estavam no prejuízo” e admitiu estar com medo da reação do profissional. “Comecei a chamá-lo de moleque, mas tenho certeza de que ele foi lá para me machucar. Se eu tivesse reagido, ele teria me batido. A raiva nos olhos dele era impressionante”, desabafou a mulher.
O delegado Emerson Oliveira informou que será lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e remetido ao Poder Judiciário.
Versão do personal
O personal contestou a versão dada pela empresária. Segundo ele, o combinando havia sido apenas uma aula experimental e que as outras marcadas seriam cobradas. Ele disse que deu duas aulas e uma delas seria com o pagamento combinado para depois.
Além disso, o profissional alegou que a mulher desmarcou uma das aulas mesmo após ele ter chegado ao local. “Na sexta-feira, confirmei, cheguei lá, mas não houve aula. Gastei gasolina, então, como ela não pagou, a aula foi dada, ou seja, foi cobrada. Se ela tivesse me pago, eu não iria repor essa aula, porque não foi por motivo de saúde. Ela não teve a aula porque não quis”, explicou.