Em noite de festa e solidariedade, o governador Ronaldo Caiado e a primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, participaram de um jantar beneficente em prol do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás, o Hospital Cora. Realizado no Palácio da Música, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, o evento teve show dos cantores Leonardo e Valéria Barros. Na plateia, empresários e investidores que contribuíram com a iniciativa.

Toda renda arrecadada com a venda dos ingressos vai para a construção da Casa de Apoio a Crianças com Câncer, espaço que oferecerá hospedagem e alimentação gratuitas a famílias do interior e de outros estados cujas crianças estiverem em tratamento na unidade. “Esse projeto é um verdadeiro sonho que está se transformando em realidade. É acima de qualquer perspectiva”, disse o governador.

Ao agradecer a contribuição de empresários com a construção da Casa de Apoio, Caiado lembrou que o Cora terá estrutura e equipes de alto padrão. “O que existe de melhor em termos de tecnologia, profissionais, estrutura e equipamentos”, resumiu. “Goiás terá um hospital referência para tratar pacientes do SUS. Não tem nenhum hospital particular que se aproxime do que vamos implantar aqui”, pontuou.

A iniciativa do evento é do Goiás Social. A primeira-dama Gracinha demonstrou alegria e gratidão por tamanho sucesso. “Pudemos perceber a presença da sociedade aqui, os empresários dando esse apoio ao Cora que, sem dúvida nenhuma, é um complexo oncológico dos mais modernos para atender as crianças que precisam desse tratamento”, comentou.

“Me sinto privilegiado por poder fazer o primeiro show para o Cora e saber que as obras estão em ascensão. A gente agradece muito”, disse Leonardo. O evento beneficente ocorre no dia em que seu irmão Leandro, que era sua dupla, faria 63 anos. O cantor faleceu em 1998, vítima de um câncer.

A ideia do Goiás Social é realizar outras edições para arrecadar fundos suficientes para a construção da Casa de Apoio. Entre os artistas que deverão passar pelo palco da iniciativa está a dupla Jorge e Mateus.

O vice-governador Daniel Vilela convidou os goianos a conhecerem o projeto de perto. “É algo que mexe mesmo com o coração de todos nós. Essa obra dá uma dimensão e a compreensão do quanto a gente pode ajudar as pessoas que precisam desse apoio, especialmente as crianças.”

Já o presidente do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, que é parceiro de Goiás na concretização do Cora, parabenizou a ação para arrecadar fundos. “A sociedade entendeu a importância do que está se fazendo no Estado. É um projeto que não existe no Brasil. Nem na capital de São Paulo, ou em qualquer outra tem o que está sendo feito aqui”, comentou. “Estamos muito felizes que Goiás será o centro para tratar câncer do Brasil e passará todos os estados com esse projeto infantil.”

Hospital Cora

A construção da primeira fase do Cora foi lançada em 2023 e inclui a fundação da ala infantil e de transplante de medula óssea. O investimento gira em torno de R$ 192,6 milhões provenientes do Tesouro Estadual, e as obras são realizadas pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).

A primeira parte do complexo que será inaugurada é a ala de tratamento às crianças e adolescentes, que contará com espaço de lazer e acomodações para as famílias e ambiência totalmente humanizada e lúdica. O espaço contará com 48 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, além de centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica.

O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás é inspirado no Hospital de Amor de Barretos (SP) e será o maior hospital público de combate ao câncer do Centro-Oeste, com mais de 49 mil metros quadrados de área construída e 148 leitos adultos e pediátricos. A unidade terá como objetivo ofertar assistência integral e humanizada aos pacientes e suas famílias. Além disso, o complexo, quando concluído, deverá realizar mais de sete mil cirurgias oncológicas por ano, além de contar com alas infantojuvenil, adulto e de prevenção, que terão também enfermarias clínica, cirúrgica e para transplante de medula óssea e unidades de terapia intensiva.