Governo lança edital para pesquisa e inovação na agricultura familiar

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) lançaram, na segunda-feira, 19, a Chamada Pública nº 18/2024 para seleção de pesquisadores doutores na modalidade Desenvolvimento Regional (DR).

O objetivo é fomentar pesquisas que promovam a sustentabilidade e inovação na agricultura familiar no estado. As inscrições devem ser feitas até o dia 23 de setembro pela plataforma sparkx.fapeg.go.gov.br.

A Fapeg destinará R$ 3,8 milhões para financiar dez bolsas de pesquisa ao longo de quatro anos, com valores mensais que variam entre R$ 5,2 mil e R$ 8 mil, dependendo da experiência do pesquisador.

Além disso, a Emater contribuirá com R$ 800 mil para o custeio dos projetos e auxílio instalação para pesquisadores que precisarem se deslocar para as estações experimentais em Goiânia, Anápolis, Araçu e Porangatu.

O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, ressaltou a importância do edital como parte da estratégia de fortalecer a ciência e tecnologia em Goiás.

“Esta iniciativa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e visa promover práticas agrícolas mais sustentáveis, contribuir para a erradicação da pobreza e fomentar a agricultura familiar, que é essencial para a segurança alimentar no estado”.

O presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, afirma que a pesquisa agropecuária é essencial para o desenvolvimento da agricultura familiar.

“Estamos com grandes expectativas desta parceria com a Fapeg que permitirá a seleção de pesquisadores para atuarem nos nossos programas prioritários. Temos muitas linhas de pesquisa para iniciar e com potencial para dar mais condições de tecnologia e inovação para facilitar a vida do homem do campo, além de aumentar a sua renda, contribui para a fixação das famílias no meio rural”, pontuou o presidente.

QUEM PODE CONCORRER

Podem concorrer ao edital doutores em áreas como Medicina Veterinária, Biologia, Agronomia e Engenharia Florestal, que desenvolverão pesquisas voltadas para sistemas de produção sustentável, validação de biodefensivos e biofertilizantes, e o aumento da produtividade em culturas específicas como pequi, mandioca e cereais.

A seleção dos bolsistas ocorrerá em três etapas: admissibilidade, avaliação curricular e entrevista on-line. As informações detalhadas e o acompanhamento do processo estão disponíveis na plataforma Sparkx. Para acessar o edital completo, acesse o site da Fapeg, na aba acesso rápido e editais.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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