A Secretaria da Saúde de Goiás (SES) alerta para a circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no estado. Ameaça invisível, o microorganismo é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias registradas de março a julho, período do ano de em que possui maior prevalência. O VSR é especialmente perigoso para bebês, idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades.
Somente uma das unidades de referência na área, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), confirmou dez casos neste ano. A médica infectologista pediátrica Roberta Rassi explica que o vírus é considerado altamente contagioso. A transmissão ocorre através de gotículas expelidas ou pelo contato com objetos contaminados. Ela orienta que tosse, espirro, coriza, mal-estar e febre, muitas vezes confundidos com virose, devem chamar atenção.
Em casos mais graves, especialmente em indivíduos com fatores de risco, o VSR pode evoluir para insuficiência respiratória e complicações associadas como a pneumonia bacteriana. Por isso, medidas de prevenção, como lavar as mãos regularmente ou higienizar com álcool 70% e evitar compartilhar objetos, manter os ambientes com ventilação adequada, são consideradas essenciais.
“É importante manter a higiene adequada das mãos, evitar ambientes lotados com bebês e manter objetos pessoais limpos”, explica a médica. Além disso, é crucial não levar crianças com sintomas respiratórios para a creche ou escola e proteger os recém-nascidos de ambientes com muitas pessoas, onde a exposição ao vírus é mais alta. O diagnóstico geralmente é clínico, baseado nos sintomas, e pode ser confirmado por meio de um teste PCR.
Prevenção
No Sistema Único de Saúde (SUS), é disponibilizado o anticorpo monoclonal contra o VSR, indicado para bebês prematuros extremos, bebês com cardiopatias ou problemas pulmonares. São gotinhas que oferecem proteção temporária similar à vacina, pois incentivam o próprio organismo a combater agentes externos.