Suspeitos de invadir residência e assassinar homem na frente da esposa em Goiânia são presos

Neste domingo, 25, quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, foram detidas preventivamente sob suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido na semana passada em Goiânia. A vítima, de 53 anos, foi brutalmente assassinada com facadas e tiros dentro de sua própria casa, na presença da esposa, que foi forçada a presenciar a execução.

O crime aconteceu na noite de 21 de agosto, no Residencial São Geraldo, região norte da capital. Dois homens armados, disfarçados como policiais, invadiram a residência, ordenando que a vítima, Roosevelt dos Santos, e sua esposa não reagissem. Em seguida, abriram o portão para permitir a entrada de um terceiro cúmplice.

Testemunhas relataram à polícia que ouviram duas mulheres do lado de fora da casa gritando para que os criminosos dentro da residência executassem Roosevelt, o que acabou se concretizando. No dia seguinte, a polícia militar encontrou o veículo usado pelos assassinos e, com a colaboração da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), identificou os quatro suspeitos.

As duas mulheres foram presas ontem, uma em Goiânia e outra em Aparecida de Goiânia, por agentes da DIH e da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana). Já os dois homens foram capturados na BR-116, em Seropédica, Rio de Janeiro, por policiais rodoviários federais e civis cariocas.

Motivação

Em depoimento à DIH, as duas mulheres confessaram participação no crime. Uma delas alegou que o homicídio foi motivado por um estupro que Roosevelt teria cometido contra ela em 2019. A DIH confirmou que a vítima respondeu a um processo por esse crime, mas foi absolvida por falta de provas.

Os homens presos no Rio de Janeiro foram identificados como Jhonatan, de 25 anos, e Alisson, de 28 anos. Ambos têm diversos antecedentes criminais, sendo que um deles tinha um mandado de prisão em aberto e o outro é integrante de uma facção criminosa carioca. O terceiro homem envolvido, conhecido pelo apelido de “Neguinho”, ainda não foi localizado. Além das prisões, a polícia apreendeu a faca e as duas armas de fogo utilizadas no assassinato.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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