Queda de casos de dengue no Brasil deve se manter até fim de novembro

O Brasil já registrou, ao longo do ano de 2024, pouco mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, além de 5.219 mortes confirmadas pela doença e outras 2.012 em investigação. “De longe, a maior epidemia que tivemos na história”, avaliou o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.

“Felizmente, a dengue começa a dar sinais claros de que viveremos algumas semanas com uma certa tranquilidade. Aliás, já estamos a cerca de quatro ou cinco semanas com grande tranquilidade em relação ao número de casos novos que têm sido registrados país afora. Esperamos que esse quadro de baixa transmissibilidade se mantenha, pelo menos, até meados do final de novembro.”

O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 3.201 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maioria dos casos prováveis foi identificada entre pessoas brancas (49,9%) e pardas (42,3%) e entre as seguintes faixas etárias: 20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; e 50 a 59 anos. Já os grupos menos atingidos pela doença são menores de 1 ano; crianças de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

São Paulo é a unidade federativa com maior quantidade de casos graves e sinais de alarme para dengue (24.786), seguido por Minas Gerais (15.084), Paraná (13.524), Distrito Federal (10.211) e Goiás (7.201). No final do ranking, com menos casos graves da doença registrados, aparecem Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33), Sergipe (62) e Tocantins (66).

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Prefeitura de Goiânia alerta para cuidados que evitam proliferação do mosquito transmissor da dengue durante viagens de fim de ano

Com a chegada do final de ano, muitas famílias começam a planejar suas viagens de férias para aproveitar o verão. Nesse contexto, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), chama a atenção para os cuidados necessários com as residências antes de viajar. São ações simples para evitar que o ambiente se torne um criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Com o aumento das chuvas e o calor do verão, as condições para a proliferação do mosquito Aedes aegypti ficam ainda mais favoráveis. A participação ativa de todos, especialmente durante as férias, é crucial para evitar que as casas se tornem pontos de reprodução do mosquito. A vigilância constante é a chave para garantir que, ao retornarmos de viagem, nossas casas não sejam um risco à saúde”, alerta o gerente de Controle de Animais Sinantrópicos da SMS, Wellington Tristão.

O último Boletim Epidemiológico (49/2024) revelou um aumento nos casos de dengue na capital. Até a semana epidemiológica 49 deste ano, foram registrados 56.562 casos prováveis da doença, representando um aumento de 190,4% em relação a 2023, que contabilizou 20.286 casos.

Durante o ano, os Agentes Comunitários de Endemias (ACE) realizaram mais de 2,5 milhões de visitas domiciliares, além de implementar diversas estratégias de controle, como armadilhas dispersoras, monitoramento de ovitrampas e o programa “Aedes do bem”, que libera mosquitos machos geneticamente modificados para acasalar com as fêmeas, reduzindo a população do mosquito”, explica Wellington.

Cuidados
Antes de viajar, é essencial adotar algumas precauções para evitar que a residência se torne um local propício para a proliferação do mosquito. Confira as orientações:

1) Feche e limpe as caixas d’água, vasos sanitários e piscinas: certifique-se de que estão bem vedados para evitar o acúmulo de água da chuva

2) Coloque terra nos vasos de plantas e flores: dessa forma, você impede que a água da chuva se acumule e sirva como criadouro

3) Esvazie e vire de cabeça para baixo garrafas, recipientes e objetos: verifique se não há acumulação de água em qualquer canto da residência

4) Deixe os latões de lixo sempre tampados e secos: o lixo deve estar bem fechado para evitar o acúmulo de água

5) Mantenha as lajes limpas e desentupidos os pontos de saída de água: isso garante que a água da chuva escoe adequadamente

6) Adicione água sanitária ou outro desinfetante nos ralos e canaletas: ajuda a prevenir o acúmulo de água nestes locais

7) Fure os pneus e guarde-os de forma que não acumulem água: pneus velhos são um dos principais focos de reprodução do mosquito

8) Mantenha os aquários tampados ou telados: assim, você evita que se tornem focos de proliferação.

Wellington destaca que as ações ajudam a evitar que sua casa se torne um ponto de proliferação do Aedes aegypti, prevenindo o surgimento da dengue. “Como o mosquito se reproduz em locais com água parada, muitas vezes em áreas de difícil visualização, como o fundo de vasos de plantas ou o degelo da geladeira, é essencial que os moradores adotem essas precauções antes de viajar”, finaliza o gerente.

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