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Comércio eletrônico movimentou R$ 196,1 bi em 2023

Última atualização 04/09/2024 | 19:15

O Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgou nesta terça-feira, 3, que o comércio eletrônico brasileiro cresceu 4% em relação a 2022. O setor movimentou, ao longo de 2023, o equivalente a US$ 196,1 bilhões. O e-commerce brasileiro mais do que quintuplicou de tamanho em relação ao movimento registrado em 2016, pouco mais de R$ 39 bilhões.
 
São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, de acordo com o Observatório, concentraram, ao longo de 2023, o percentual de 60% dos negócios realizados por meio do comércio eletrônico.
 
“Isso mostra que temos um trabalho árduo a fazer, que é o processo de inclusão digital e de distribuição de renda”, disse o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira. Para ele, o e-commerce é fundamental para o desenvolvimento nacional.
 

Perfil de Compras

 
O Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, com base em dados extraídos de notas fiscais eletrônicas fornecidas pela Receita Federal, aponta os smartphones como líderes de vendas no e-commerce brasileiro. Em 2023, este produto movimentou R$ 10,3 bilhões. Em seguida, a compra de livros, brochuras e impressos representou um movimento de R$ 6,4 bilhões; televisores, R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores, R$ 5 bilhões; tablets, R$ 4,4 bilhões; e complementos alimentares, R$ 3,7 bilhões.
 
A lista de produtos mais vendidos no e-commerce varia de estado para estado. Em Minas Gerais, por exemplo, os produtos mais vendidos são os calçados; no Espírito Santo, aparelhos de ar-condicionado. Em Santa Catarina e Paraíba, os produtos mais vendidos são refrigeradores e congeladores; em Goiás, o principal produto foram os automóveis, enquanto o livro foi o produto mais vendido no Distrito Federal.
 

Adesão ao Comércio Online

 
Os dados do Observatório demonstram significativas diferenças entre as regiões brasileiras. A região Sudeste continuou a dominar o cenário do e-commerce, concentrando a maior parte das vendas online (73,5%), seguida do Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%). Já na análise da região de onde a compra foi realizada, a Sudeste foi o destino de 55,6% dos negócios fechados, seguida por Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).
 
O MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) desenvolvem o projeto E-commerce.BR para aumentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online. A previsão é de que este projeto seja lançado até o fim do ano. A iniciativa pretende melhorar o desempenho financeiro por meio de soluções inovadoras, sobretudo em regiões onde o comércio eletrônico ainda é tímido. Em termos de fluxo de comércio eletrônico, as transações interestaduais são maiores (62%) do que as que ocorrem dentro do próprio estado (38%).