De janeiro a agosto, o Brasil registrou 945 casos confirmados ou prováveis de mpox. Esse número supera o total de 853 casos notificados ao longo de 2022. Além disso, 264 casos suspeitos da doença permanecem sob investigação. O Ministério da Saúde divulgou esses dados por meio de um informe semanal.
O boletim epidemiológico aponta que a região Sudeste concentra a maior parte dos casos de mpox no país, representando 80,7% (763 casos) do total. Os estados com os maiores números de casos são São Paulo (487 casos, 51,5%), Rio de Janeiro (216 casos, 22,9%), Minas Gerais (52 casos, 5,5%) e Bahia (39 casos, 4,1%). Amapá, Tocantins e Piauí não registraram casos confirmados ou prováveis da doença.
Os municípios com o maior número de casos confirmados e prováveis da doença são São Paulo (343 casos, 36,3%), Rio de Janeiro (160 casos, 16,9%), Belo Horizonte (43 casos, 4,6%), Salvador (28 casos, 3%) e Brasília (20 casos, 2,1%). Dos 264 casos suspeitos de mpox no Brasil, São Paulo concentra 40,5% (107 casos).
O perfil dos casos confirmados e prováveis no Brasil, segundo o informe, continua sendo majoritariamente de homens (897 casos, 94,9%) na faixa etária de 18 a 39 anos (679 casos, 75,7%). Apenas um caso ocorreu na faixa etária até 4 anos. Até o momento, não existem registros de casos confirmados ou prováveis em gestantes.
O Ministério da Saúde também contabiliza 69 hospitalizações por mpox (7,3% do total de casos). Desses, 37 (3,9%) ocorreram para manejo clínico e oito (0,8%) para isolamento, enquanto em 24 casos (2,5%) não há descrição do motivo da hospitalização. Além disso, cinco casos (0,5%) necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). O Brasil não registrou óbitos por mpox em 2023, nem casos da nova variante 1b, identificada pela primeira vez em setembro de 2022 na República Democrática do Congo, país que enfrenta surtos da doença desde 2022.