Justiça mantém prisão preventiva de Deolane Bezerra e sua mãe após audiência de custódia

O Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu manter a prisão preventiva da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra e de sua mãe, Solange Bezerra. A decisão ocorreu após uma audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira, 5.
A Polícia deteve as duas no dia anterior, durante a Operação Integration. Essa operação investiga uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A audiência ocorreu por videoconferência. Deolane e Solange participaram diretamente da Colônia Penal Feminina Bom Pastor, em Recife, onde estão presas. O juiz, por sua vez, estava na central de audiências do fórum.
 
Com a decisão, ambas seguirão presas preventivamente, sem previsão de liberação. As investigações que resultaram nas prisões começaram em abril de 2023. A Polícia Civil de Pernambuco conduziu as investigações. Além da prisão de Deolane e sua mãe, a operação cumpriu outros 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em várias cidades. Entre elas, Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
 
A operação também resultou no sequestro de diversos bens de alto valor. Carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações estão entre os bens apreendidos. As autoridades também bloquearam ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. A Justiça decretou ainda a entrega de passaportes e a suspensão do porte e registro de armas de fogo dos envolvidos.
 
Deolane, que também é advogada criminalista, ganhou notoriedade após seu relacionamento com o cantor MC Kevin. Ela estava em Pernambuco para uma temporada com a família quando foi presa.
A influenciadora, nascida em Vitória de Santo Antão (PE), reside atualmente em São Paulo e tem um filho de um relacionamento anterior. Cerca de 170 policiais participaram da operação, que segue investigando a extensão das atividades criminosas da organização.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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