Adriana Accorsi: “No Brasil não temos nem 10% de mulheres eleitas”

Em entrevista coletiva, a deputada estadual Adriana Accorsi falou sobre o dia internacional das mulheres e as conquistas obtidas por elas. “Sem dúvidas temos muitos motivos para comemorar. A história de conquistas das mulheres no mundo é uma história muito bonita. Mas ainda temos grandes desafios pela frente”.

A deputada comentou sobre as dificuldades das mulheres no mercado de trabalho e nas tarefas domésticas. “Aqui no estado de Goiás coloco como um desafio imenso a questão da igualdade no mercado de trabalho porque as mulheres ainda não ganham os mesmo salários e direitos dos homens, mesmo exercendo as mesmas funções. Além disso, exercemos dupla ou até tripla jornada de trabalho porque não conseguimos dividir com nossos companheiros os afazeres em casa”.

Para a parlamentar, a desigualdade entre homens e mulheres na política é outro desafio a ser vencido. “No Brasil não temos nem 10% de mulheres eleitas. É um número ínfimo em relação ao panorama mundial. Somos a maioria da população e dos eleitores. Seria justo que estivéssemos aqui em pé de igualdade trazendo nossas preocupações e sentimentos”.

Accorsi comentou a respeito da violência contra física contra a mulher. “A questão da violência contra a mulher é algo muito grave. É muito grave. Goiás possui um número alto de violência contra a mulher. Temos que lutar para que as mulheres tenham igualdade, sejam respeitas e possam ser felizes em Goiás e no Brasil”.

A deputada aproveitou para falar das mulheres que trabalham na área da segurança pública já que é delegada. “São mulheres que cotidianamente tem que mostrar sua força, sua capacidade. Tenho certeza que a polícia e os ambientes até então masculinos tem muito a ganhar com a presença feminina”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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