Outdoor em “chamas” alerta sobre o risco de queimadas

O Governo de Goiás instalou outdoors com imagens do Cerrado em “chamas” como estratégia para atrair a atenção e conscientizar a população sobre o perigo das queimadas no estado.

A campanha utilizou recursos tecnológicos para simular o fogo consumindo o couro de uma onça-pintada e as penas de uma arara, com impressão realista da destruição provocada pelos incêndios. Nas imagens segue uma mensagem de alerta que diz “incêndios florestais destroem o Cerrado e quem vive nele. Ligue 193 e denuncie”.

Para o efeito dramático e impactante, os painéis foram impressos em verniz, com textura, dando aspecto 3D nas cores preta e amarela. A fumaça que se espalha é feita por meio de difusores com gelo seco durante o dia e, na parte da noite, luzes especiais completam a ilustração.

A campanha apresenta, de forma realista, o impacto de perda da biodiversidade com os incêndios florestais, além de destacar que a fauna do Cerrado é uma das principais vítimas desse tipo de desastre ambiental.

Os efeitos visuais dos outdoors mostram os danos progressivos que ocorrem em cada nova queimada.

QUEIMADAS

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Goiás soma 3.274 queimadas neste ano. O número é 72% maior que os 1.899 focos de calor registrados nos oito primeiros meses do ano passado. Em 2024, o Cerrado teve 83% de aumento nos focos de calor.

Para mitigar danos provocados pelos incêndios ao meio ambiente, à população e à economia, o Governo de Goiás aprovou na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) a lei que institui a Política Estadual de Segurança Pública de Prevenção e Combate ao Incêndio Criminoso no estado.

A legislação prevê a mobilização do efetivo das forças de segurança pública, que vão autuar, indiciar e responsabilizar infratores. Além disso, a previsão é tornar crime o ato de queimar florestas, matas, pastagens e lavouras durante a vigência de situação de emergência ambiental.

O governador Ronaldo Caiado já declarou situação emergencial nos 20 municípios goianos mais afetados pelos incêndios.

VEJA O VÍDEO

Com outdoor em “chamas”, Governo de Goiás alerta sobre o risco de queimadas (Vídeo: Secom Goiás)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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