Câmara aprova projeto sobre denúncia da Violência Contra a Mulher

Projeto aguarda sansão do prefeito Iris Rezende

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta terça-feira (15), o projeto que determina a divulgação do serviço do Disque Denúncia da Violência Contra a Mulher, que é realizada pelo número 180. Aprovado em segunda votação o projeto é de autoria do vereador Paulo Daher (DEM); e define que estabelecimentos como hotéis pensões, motéis, pousadas, bares, restaurantes, casas noturnas, clubes sociais, locais de transporte de massa, salões de beleza, academias de ginástica, prédios comerciais e órgãos do serviço público em Goiânia exponham o conteúdo.

A divulgação deve ser feita por meio de uma placa informativa, nítida e de fácil leitura, fixada em um local de fácil acesso do local. O projeto aguarda sansão do prefeito Iris Rezende, se sancionado, caso haja o descumprimento da lei o estabelecimento estará sujeito a advertência e multa no valor de um salário-mínimo por infração, que será em dobro a cada reincidência. Segundo a Câmara, os valores arrecadados com as multas serão destinados a programas de prevenção à violência contra a mulher.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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