Com aumento de casos, Saúde estimula vacinação contra meningite

Infecção causada por vírus, bactérias e fungos, a meningite tem avançado em Goiás, com registro de 23 mortes em 2024. Esta situação levou a Secretaria de Saúde (SES) a intensificar as ações de alerta e estímulo à vacinação, principalmente de crianças e adolescentes.

Em entrevista ao programa TBC News na quarta-feira, 18, a superintendente de Vigilância em Saúde Pública da SES, Flúvia Amorim, reforçou a importância da imunização como forma de prevenir a doença.

“Para a saúde pública, os três tipos de meningite principais são a baceriana miningocócia, a meningite causada por hemófilos Influenza B e a meningite pneumocócica. Para os três tipos a rede de saúde pública tem disponibilidade de vacinas”, explicou Flúvia Amorim,

Ainda, ela ressaltou que é fundamental que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para colocar em dia as vacinas e atualizar o cartão vacinal.

A meningite é uma doença séria, capaz de deixar sequelas como surdez e pode levar a óbito. A doença ataca as membranas cerebrais e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca e fraqueza.

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Quase 19% das pessoas que tiveram covid-19 têm sintomas persistentes

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas. 

A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, apresentada nesta quarta-feira, 18, mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.

Vacina

De acordo com o estudo, a vacinação contra a covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a convid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

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