Rede social X tem prazo até 21h29 para apresentar representante legal no Brasil

O prazo para a rede social X, de propriedade de Elon Musk, indicar um representante legal no Brasil termina às 21h29 desta sexta-feira, 20, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que exige que a empresa comprove formalmente sua representação no país para retomar suas atividades.

A rede social está suspensa no Brasil desde 31 de agosto, devido ao descumprimento da lei que exige a presença de um representante legal no país para que empresas internacionais possam operar. A empresa já nomeou dois advogados, André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, para atuar nos processos no STF, mas Moraes destacou que a regularidade desses defensores só será reconhecida se a empresa provar sua formalização no Brasil.

A defesa da rede social tem até o final do prazo de hoje para apresentar os documentos necessários à Junta Comercial e efetuar o pagamento de uma multa de R$ 5 milhões, imposta devido à tentativa da empresa de contornar o bloqueio através da migração de servidores para um novo IP. A ação foi vista pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como uma “tentativa deliberada de descumprir” as ordens judiciais, o que levou à imposição da multa.

Apesar da rede social ter cumprido parcialmente as exigências do STF, como o pagamento de uma multa anterior de R$ 18,3 milhões e o bloqueio de perfis que divulgavam conteúdo criminoso, o retorno das atividades da plataforma no Brasil ainda depende da comprovação da sua representação legal. Se a exigência for cumprida, o STF ainda precisará emitir uma nova decisão para suspender o bloqueio da rede social no país. Caso contrário, a plataforma continuará impossibilitada de operar no Brasil.

O caso ilustra as dificuldades da rede social em regularizar sua operação no Brasil, especialmente após fechar seu escritório no país. Até o momento, a empresa enfrenta desafios tanto legais quanto financeiros para se adequar às exigências das autoridades brasileiras.

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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

Nesta quarta-feira, 18, o Ministério Público denunciou 20 integrantes da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, que estariam envolvidas no ataque a dois ônibus de torcedores do Cruzeiro. A emboscada, como a Polícia Civil tem chamado o episódio, aconteceu no dia 27 de novembro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo, e resultou na morte de um integrante da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro.

A morte de José Vitor Miranda dos Santos, informou o Ministério Público, foi causada por traumatismo cranioencefálico, em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente.

De acordo com o Ministério Público, os torcedores que foram denunciados hoje assumiram “o risco de resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar em perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. Por isso, os membros do Ministério Público solicitaram a prisão preventiva de todos os denunciados, argumentando que “soltos, os denunciados sem dúvida irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”.

O ataque ocorreu quando os torcedores mineiros retornavam para Belo Horizonte, após jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. Na ocasião, um dos ônibus com torcedores do Cruzeiro foi incendiado e, o outro, depredado. Além do torcedor que morreu, outros ficaram feridos. Segundo a polícia, barras de ferro, pedaços de madeira, fogos de artifício e rojões foram apreendidos no local.

Até agora, 15 pessoas suspeitas de envolvimento na emboscada já foram presas pela polícia.

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