Operação combate venda de notas fiscais falsas na região da 44

Na manhã de 24 de setembro de 2024, a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Notas Delivery, visando combater a comercialização de notas fiscais falsas na região da Rua 44, em Goiânia. Essa operação é resultado de uma investigação detalhada que revelou um complexo esquema de fraude tributária, causando significativos prejuízos aos cofres estaduais.
 
A Operação Notas Delivery foi realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso que vendia e entregava notas fiscais falsas na região da Rua 44. Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisões temporárias em residências de investigados.
 

Esquema de notas fiscais falsas 

 
O grupo criminoso criava empresas de fachada utilizando interpostas pessoas (laranjas) e documentos falsos. Essas empresas eram usadas para emitir notas fiscais falsas, que eram vendidas a lojistas e vendedores da região. As notas eram utilizadas para remeter e transportar mercadorias, dando uma aparência de legalidade às operações ilícitas. Além disso, o grupo estabeleceu um estatuto com regras que incluíam taxas mínimas de venda, exclusividade do serviço através de ameaças, e a criação de um conselho para julgar e punir quem não cumprisse as regras.
As investigações revelaram que o grupo criminoso gerou um prejuízo de mais de R$ 40 milhões aos cofres estaduais públicos. Além do prejuízo financeiro, o esquema também fomentava a concorrência desleal e o crime organizado, pois os lojistas que compravam as notas deixavam de emitir notas legítimas, pagando um percentual por cada documento falso.
 
A Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44) manifestou apoio à operação da Polícia Civil, ressaltando que a maioria dos empreendedores da região sempre atuou de forma honesta. A associação também destacou a necessidade de maior fiscalização por parte da Prefeitura para prevenir práticas ilícitas, como a atuação de ambulantes com mercadorias de procedência não comprovada.
 
Os envolvidos no esquema de notas fiscais falsas podem enfrentar penas severas, chegando a até 18 anos de reclusão. Além disso, a Polícia Civil continua a investigar para identificar outros integrantes do grupo e os lojistas envolvidos, que também podem ser responsabilizados pela sonegação.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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