Onda de Calor: 5 capitais brasileiras podem bater recordes de temperatura

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O Brasil está prestes a vivenciar uma das ondas de calor mais intensas do ano, com previsões indicando que cinco capitais podem bater recordes de temperatura nos próximos dias. Essa onda de calor, que começou na segunda-feira, 23, deve se estender até a próxima sexta-feira, 27, afetando principalmente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A sétima onda de calor do ano deve fazer com que algumas capitais registrem marcas inéditas de temperatura. Em São Paulo, a temperatura mais alta do ano, de 35,1°C, foi registrada na terça-feira, 24, e há previsão de que essa marca possa ser superada novamente, com máximas que podem ultrapassar os 35°C nesta quarta-feira, 25.

No Rio de Janeiro, os termômetros já registraram 39,5°C em 17 de janeiro, e a expectativa é que a máxima se aproxime novamente desse patamar na próxima quinta-feira, 26, com previsão de 39°C. Belo Horizonte também pode igualar ou quebrar o recorde recente de 34,4°C, registrado em 3 de setembro, com uma máxima prevista de 34°C para a sexta-feira, 27.

Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, já experimentou um recorde recente de calor com 39,8°C em 24 de setembro e pode ter um novo recorde nesta quarta-feira, com máxima prevista de 39°C. Brasília, a capital federal, também pode registrar um novo recorde de calor, superando os 33,5°C registrados em 23 de setembro, com termômetros podendo chegar a 34°C.

A onda de calor deve afetar significativamente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), áreas como o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, sudoeste de Minas Gerais, sul de Goiás, Mato Grosso do Sul, leste do Mato Grosso, Rondônia, sul do Amazonas e sudeste do Acre devem experimentar temperaturas 5°C acima da média por um período de até 5 dias.

Chuva no país

A massa de ar quente que se instalou sobre a faixa central do país dificulta que as chuvas avancem para o interior, concentrando as chuvas principalmente no Rio Grande do Sul. Mesmo com a previsão de altas temperaturas, os temporais devem seguir no Sul do país, com volumes de chuva que podem superar os 100 milímetros por dia, especialmente no sul do Rio Grande do Sul, onde há risco de transbordamento de rios e deslizamentos de encostas.

A nova onda de calor está alinhada com as previsões para o início da primavera, que começou oficialmente no último domingo, 22. Os meteorologistas indicam que o início da primavera ainda será marcado por calor, com expectativa de novas ondas de calor até a primeira quinzena de outubro.

No entanto, a partir de outubro, as chuvas devem voltar a ser mais constantes, especialmente na faixa entre Paraná e São Paulo, e se estender até boa parte do Amazonas e do Acre. Em novembro, as chuvas devem retornar para o restante do Sudeste e do Centro-Oeste, além do norte do Amazonas, Roraima e sul do Pará.

A onda de calor atual é parte de um padrão climático que deve persistir nos próximos meses. Após a semana que vem, o calor deve ficar restrito a menos lugares, mas as altas temperaturas devem continuar afetando várias regiões até outubro.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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